Autor: Lusa/AO online
“Nunca passei procuração a alguém para falar em nome do presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e nunca me ouviram dizer e nunca me ouvirão dizer que a Câmara de Ponta Delgada vai indemnizar quem quer que seja. Isso eu garanto”, declarou o social-democrata Pedro Nascimento Cabral durante a Assembleia Municipal, que decorre no Coliseu Micaelense, a propósito das alterações ao trânsito promovidas durante a quadra festiva.
A 20 dezembro, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), Mário Fortuna, disse ter a “garantia” de que o município iria compensar os comerciantes prejudicados pelo encerramento de ruas ao trânsito no centro histórico.
Hoje, o presidente da maior autarquia açoriana salientou que os empresários não vão ser indemnizados por aquela decisão camarária.
“O ato de indemnizar seria reconhecer que erramos e nós, com a mesma humildade e a mesma seriedade, não reconhecemos que erramos. Demos o melhor de nós próprios a Ponta Delgada”, assinalou Pedro Nascimento Cabral.
A 03 de dezembro, foi anunciado que, de 09 de dezembro até 02 de janeiro de 2022, a circulação automóvel estaria interditada em várias ruas do centro histórico de Ponta Delgada, tendo sido disponibilizados três autocarros gratuitos para fazer a ligação, aos sábados, entre os parques de estacionamento e o centro da maior cidade açoriana.
Nascimento Cabral disse que só “reconheceria o erro” caso os autocarros e os parques de estacionamento tivessem estado “abarrotados” durante as últimas semanas.
O autarca reconheceu que pode existir “um ou outro comerciante com quebra das receitas”, mas salientou que existem muitos empresários que registaram um “aumento de vendas”.
O presidente do município, eleito pela primeira vez nas autárquicas de setembro, reiterou que as ruas do centro histórico vão continuar encerradas até domingo.
O “comércio tradicional tem de se adaptar” porque as vias da baixa da cidade voltarão a ser encerradas no “futuro”, avisou.
“Inevitavelmente, vamos ter de encerrar as ruas do centro histórico novamente. Por uma questão ambiental, por uma questão sociológica e por uma questão de necessidade imperiosa de devolvermos a cidade às pessoas”, afirmou.
Pedro Nascimento Cabral justificou ainda o encerramento das ruas no período do Natal por aquela ser uma “época de consumo”.
Em 16 de dezembro, vários comerciantes criticaram à Lusa o encerramento de ruas de Ponta Delgada que, defenderam, afastou os clientes da baixa.
Antes, a 14 de dezembro, um grupo de 50 comerciantes do centro histórico de Ponta Delgada entregou à Câmara Municipal um abaixo-assinado a pedir a “reabertura imediata” das ruas encerradas ao trânsito no período festivo.
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