Autor: Lusa/AO Online
“As decisões da autoridade de saúde não se dirigem nem a favor, nem contra nenhum setor de atividade em concreto […]. Acho que não há nenhum cidadão que reserve viagens que não saiba que estamos em pandemia”, declarou, lembrando que em qualquer local os turistas correm o risco de ver as medidas de contenção alteradas e que o anúncio destas restrições já próximo da Páscoa se deveu à necessidade de ajustá-las à situação atual da pandemia.
Por outro lado, tendo em conta o caráter religioso da Páscoa, explicou o governante, “tem havido conversações com a Igreja para contenção neste período”, para que as entidades eclesiásticas tenham em conta as medidas.
Devido à proibição entre concelhos, o executivo regional alertou a PSP, bem como os serviços de inspeção das atividades económicas, mas sublinhou a necessidade de as responsabilidades serem repartidas por todos: “Aos cidadãos cumpre terem comportamentos adequados, às forças policiais cumpre a fiscalização e ao Governo cumpre tomar decisões”.
O secretário regional disse compreender as preocupações dos vários setores de atividade, mas sublinhou que este esforço acrescido é necessário e que “mais vale restringir três dias do que três meses”.
Clélio Meneses adiantou que o concelho do Nordeste sobe para alto risco, sendo aplicadas, a partir de segunda-feira, as medidas previstas para esses casos, e que o concelho de Ponta Delgada se mantém no nível médio alto.
A escala de risco utilizada pela Região Autónoma dos Açores tem cinco níveis: muito baixo, baixo, médio, médio alto e alto.
Os Açores registam 131 casos ativos, sendo 130 em São Miguel: 105 no concelho de Ponta Delgada, oito no concelho da Ribeira Grande, sete no concelho da Lagoa, sete no concelho do Nordeste, quatro em Vila Franca do Campo e dois no concelho da Povoação.
As outras ilhas não registam casos, com exceção da Terceira, onde há um caso positivo ativo na freguesia da Feteira, do concelho de Angra do Heroísmo.