Autor: Lusa/AO Online
“Já vamos com um ano de atraso. Estas coisas merecem mais velocidade, mais agilidade. Caso contrário, não teremos um hospital de futuro. Teremos um hospital no futuro. Num futuro de cinco, 10 ou 15 anos”, criticou José Pacheco.
O líder regional do Chega falava após uma visita ao serviço de hemodiálise do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), de Ponta Delgada, unidade que sofreu um incêndio a 4 de maio de 2024.
José Pacheco afirmou que os planos funcionais para projetar as obras do HDES “ainda estão a decorrer” e insistiu nas críticas ao hospital modular, uma “solução transitória e para pouco tempo”, construído na sequência do incêndio.
“Se continuarmos neste marcar de passo, acho que o modular vai apodrecer e as obras não começam, infelizmente. Não é [infelizmente] para o governo, nem para o Chega. É infelizmente para os açorianos, em especial os micaelenses”, sublinhou, exigindo, “transparência” e “celeridade”.
Questionado sobre uma eventual perda de confiança na secretária da Saúde, uma vez que o Chega suporta o Governo Regional, Pacheco salientou que está “irritado” é com o presidente do executivo, José Manuel Bolieiro.
“Quem me vendeu o hospital modular foi o senhor presidente do governo. Eu nunca falei com a senhora secretária sobre isso. Se tenho de estar aborrecido, chateado ou irritado é com o senhor presidente do governo. Já lhe transmiti pessoalmente e publicamente. As coisas não se tratam dessa maneira”, disse José Pacheco.
O deputado avisou, também, que o serviço de hemodiálise “já não tem capacidade de crescimento”, estando “completamente lotado”.
“O espaço está ultrapassado. Tentam, com alguns remendos, melhorar, mas sem os planos funcionais e sem planos estruturais que nós impacientemente esperamos deste hospital, nada se vai poder fazer”, reforçou.