Açoriano Oriental
Taste Azores foi oportunidade para mostrar o melhor da Região

Terminou a Feira Taste Azores, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, evento organizado pela Marca Açores, que contou com a participação de 19 empresas. Governo Regional destaca oportunidade para “criar sinergias”

Taste Azores foi oportunidade para mostrar o melhor da Região

Autor: Mariana Lucas Furtado

O secretário regional das Finanças, Duarte Freitas, salienta que a realização da Feira Taste Azores, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, permitiu a existência de “uma relação próxima entre todos os empresários presentes, que é bastante positiva e cria sinergias”.

Em declarações ao Açoriano Oriental, o governante destacou também a importância “dos contactos que estabelecem não só com os consumidores finais, mas com potenciais clientes intermédios para os consumidores finais que existam no continente português”, acrescentando que “isto é muito relevante e, de alguma forma, a presença da marca Açores no Colombo já é um momento alto da promoção dos produtos dos Açores”.

Os vários produtores e empresas mostraram-se de acordo relativamente à mais-valia da participação numa feira como a Taste Azores. Helena Araújo, supervisora comercial da marca “Milhafre”, frisou que “a marca tem participado sempre, desde que o evento começou”. O primeiro dia de feira, coincidente com o feriado de 5 de outubro, foi um dia proveitoso para as várias marcas representadas, na medida em que “por ser um dia feriado e haver um grande jogo, tivemos uma grande oportunidade de divulgar as nossas marcas e fazê-las chegar o mais longe possível”, recordou Helena Araújo.

À Feira Taste Azores, a marca “Milhafre” trouxe a manteiga, “que foi o primeiro produto lançado em 1953”, e vários tipos de queijo. A “Milhafre” trouxe ainda uma seleção de “leites biológicos”, uma vez, que, como recorda Helena Araújo, “a Pronicol foi pioneira nesta produção”.

Na banca da “Boa Fruta”, a cargo de José Dâmaso, era possível encontrar um dos mais emblemáticos produtos da marca. “A Boa Fruta é produtora de Ananás dos Açores, logo naturalmente trouxemos o ananás. Da nossa gama de transformados, trouxemos o licor e a compota. Também trouxemos outras duas frutas, a banana e o maracujá dos Açores, que cada vez mais começam a ganhar fama e a aproximar-se da notoriedade do ananás dos Açores”, referiu José Dâmaso.

Para o produtor, “o Taste Azores permite chegar ao principal mercado do nosso país, Lisboa, num dos principais centros de venda de produtos, e dar a conhecer os produtos dos Açores. Permite-nos fazer a venda àqueles que já os conhecem e estão com saudades, depois de nos visitarem, ou por outra razão, terem gostado do ananás dos Açores”. “Acaba por se criar aqui uma oportunidade de comunicação e de venda num ponto muito movimentado”, acrescentou.

“Apesar dos dois anos em que esteve interrompido, o evento foi criando a sua fama, o seu renome, há muitas pessoas que vêm aqui conhecendo o evento, outras estão aqui pela primeira vez. A adesão está a ser muito boa”, concluiu o responsável pela “Boa Fruta”.

A representar o artesanato açoriano, além do CADA – Centro de Artesanato e Design dos Açores, esteve Patrícia Skrzypietz com a marca “VEGA”, uma marca “que está nos Açores há 15 anos com as lojas”, e participa pela primeira vez nesta feira. “Como as nossas joias são todas inspiradas nas ilhas, achámos importante mostrar como cada peça nossa reflete a beleza através da inspiração nas paisagens”, referiu Patrícia.

Para a designer, as perspetivas de divulgação da marca na feira eram “muito boas”, por ser num sítio que “atrai bastante público”. “Mesmo nas redes sociais, estamos a aproveitar para divulgar, o que vai complementar bastante a nossa publicidade com o nome da Vega”, acrescentou.

Da ilha Terceira veio a marca “Queijo Vaquinha”, representada por Zita Cota. Zita referiu a importância da feira nas vendas diretas ao público e para escoar produto: “Nós vimos muito a esta feira, temos vindo todos os anos, só estivemos parados por causa do Covid”, avançou. “É muito importante, porque conseguimos fazer venda direta ao cliente, que é uma maneira de termos retorno das despesas ao estarmos cá, como as viagens e estadia.”

“Ao publicarmos nas redes [sociais] que estamos cá, há muita gente que nos procura e vem cá diretamente comprar o queijo”, afirmou, acrescentando, em tom de brincadeira, que “é quase o «mercado da saudade»”.

Madalena Melo, em nome da Salsicharia Ideal, referiu que um evento como a Taste Azores “é muito importante, porque nos dá visibilidade cá no continente”. “Trouxemos o pé de torresmo e a pasta de chouriço, mas as pessoas têm optado mais pelos patês e pela morcela”, assegurou. Para Madalena, no final da Feira, “as expectativas são de vender tudo! E conseguir arranjar mais clientes”.

“É uma experiência muito gratificante termos vindo cá, é uma grande oportunidade para as empresas açorianas apresentarem os seus produtos, apresentarem o que de melhor se faz nos Açores. Foi excelente, uma excelente iniciativa!”, referiu.

Outra marca representada na feira foi a Yoçor, em parceria com as marcas Rosa Quental e Quintal dos Açores. Hugo Garcez Coelho referiu: “a Yoçor tem cá os seus iogurtes e gelatinas, que tem vindo a promover a nível nacional, e que tem capacidade produtiva que consegue abastecer nacionalmente”.

“Nós fazemos a distribuição de todos os produtos açorianos com impacto, quer ao consumidor final, quer a retalhistas, que depois vendem estes cabazes de produtos açorianos. Temos aqui desde o vinho do Pico, da Graciosa, de São Miguel, da Terceira, temos também alguns produtores de licores. Temos as compotas e licores do Celeiro da Terra, os atuns da Corretora, a Casa do Portinho que é um espaço na Terceira que trabalha o peixe em conserva de vidro, com uma qualidade extraordinária. O queijo das Furnas, também trazemos cá como parceiro o Vale Formoso, da Insulac; a própria Melo Abreu; Moaçor…”, enumerou.

“Quando chegarem os bolos-lêvedos da Rosa Quental, as pessoas vão vir aos montes, porque, de facto, é um produto que se vende muito bem. E está presente em vários pontos comerciais do país, portanto acaba por ser um grande chamariz. Até agora está a correr muito bem”, constatou Hugo Garcez Coelho.

A feira Taste Azores foi também marcada pela atuação da TUCA – Tuna Universitária Corsários dos Açores, no sábado à noite. O grupo de jovens estudantes em Lisboa tocou temas como “Pezinho da Vila” e “Ilhas de Bruma”. Tocou também originais como a “Mulher Branca”, e a música tradicional da Terceira, “Os Bravos”.

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