Açoriano Oriental
SATA não pode estar à “mercê das opções políticas de momento”, dizem empresários açoriano

O presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) afirmou hoje que a transportadora açoriana SATA não pode estar à “mercê das opções políticas de momento”, criticando as “interferências” nas rotas da companhia.

SATA não pode estar à “mercê das opções políticas de momento”, dizem empresários açoriano

Autor: Lusa /AO Online

“A SATA só será um ativo importante se estiver saudável e integrada de forma competitiva no mercado em que atua. Para isso, não pode continuar à mercê das opções políticas de momento”, afirmou Mário Fortuna, na abertura da Feira Lar, Campo e Mar, citado numa nota enviada pela CCIPD.

Na intervenção, o líder dos empresários de São Miguel e Santa Maria salientou que o “transporte aéreo” é uma “peça angular” do arquipélago açoriano e lembrou que o plano de reestruturação da SATA, que está a ser analisado pela Comissão Europeia, ainda não está concluído.

“Ainda não se concluiu o processo de reestruturação obrigatória [...] e já surgem indícios de novas interferências na escolha das rotas que deve voar. Assim corremos o risco de matar mesmo a empresa”, declarou.

Mário Fortuna disse ainda não compreender a falta de divulgação das informações do setor público empresarial regional referente ao quarto trimestre de 2021 em “pleno século XXI, na era do digital”.

“Não se compreende que não haja boas estatísticas do comércio entre os Açores e o resto do país - as últimas conhecidas acabam em 2018 e são muito agregadas - ou mesmo interilhas”, acrescentou.

O também professor universitário realçou ainda que a revisão do modelo para as obrigações de serviço público entre as ilhas açorianas ficou “aquém das expectativas” dos empresários, “mantendo restrições excessivas e deixando a conectividade com Santa Maria ainda muito aquém do necessário”.

O presidente da CCIPD considerou igualmente que o Programa Operacional 2030 (PO2030) precisa de “ajustamentos” e disse estar preocupado com “medidas erradas, como são as taxas turísticas anacrónicas”, referindo-se à taxa turística aprovada no parlamento regional em abril.

Por outro lado, Mário Fortuna elogiou a redução fiscal promovida pelo Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), que permite uma “devolução à economia privada, empresas e famílias, de cerca de 50 milhões de euros por ano”.

A Feira Lar, Campo e Mar, organizada pela CCIPD, decorre habitualmente durante as festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada.

Este ano, a feira, inaugurada hoje, conta com uma área de cerca de 3.400 metros quadrados, e cerca de 150 ‘stands’ ocupados por 58 empresas, 48 artesãos e duas associações.


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