Autor: Lusa/AO Online
A poucos dias do início da prova que se estende até 18 de dezembro, no Qatar, o timoneiro luso já referiu, por algumas vezes, que a ambição passa por guiar a principal equipa das ‘quinas’ à primeira conquista de um Campeonato do Mundo, na segunda tentativa enquanto selecionador luso, cargo que assumiu há oito anos.
Desde o início da época 2014/15 ao leme de Portugal, na altura escolhido para suceder a Paulo Bento, depois do arranque dececionante na qualificação para o Euro2016 (0-1 com a Albânia), Fernando Santos, muita vezes criticado por não aproveitar da melhor forma a potencialidade dos jogadores que tem à disposição, deu a Portugal o que faltava, os troféus há muito procurados.
Os dois primeiros títulos da história da seleção das 'quinas’ são os grandes feitos do técnico luso, nascido em Lisboa, em 10 de outubro de 1954, nomeadamente o Europeu de 2016, em França, secundado pela conquista da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, numa fase final realizada no Porto.
Com o estatuto de campeão do Euro2016, Santos, de 68 anos, levou os lusos ao Mundial da Rússia dois anos depois, mas a prestação não deixou saudades, depois da ‘queda’ nos ‘oitavos’ perante o Uruguai (1-2), a mesma fase em que Portugal desiludiu no Euro2020, disputado em 2021, face ao desaire ante a Bélgica (0-1).
Ao leme da seleção lusa, o técnico estreou-se em 11 de outubro de 2014, com uma derrota em França, por 2-1, num particular, mas contabiliza, até ao momento, 103 jogos num espaço de oito anos, pelo que vai muito à frente de Luiz Felipe Scolari (74), Carlos Queiroz (51), Paulo Bento (47) e António Oliveira (44), somando 63 triunfos, 23 empates e 17 desaires, com 210 golos marcados e 75 sofridos.
Pelo meio, Fernando Santos celebrou, em 27 de março de 2021, o jogo 1.000 da sua carreira como treinador principal de futebol, com um empate (2-2) em Belgrado, Sérvia, na segunda jornada de apuramento para o Mundial de 2022.
A estreia em fases finais de Campeonatos do Mundo aconteceu ao leme da Grécia, em 2014, no Brasil, para ‘cair’, de forma amarga, nos penáltis, face à Costa Rica, na despedida do cargo, já depois de ter guiado os gregos aos ‘quartos’ do Europeu de 2012. Ao todo, foram 26 vitórias, 17 empates e seis derrotas (56-36 em golos), num total 49 encontros.
Antes, a carreira como treinador principal teve início a meio da época 1987/88, quando António Fidalgo, do qual era adjunto, rumou ao Salgueiros, da primeira divisão, deixando-lhe o comando do Estoril Praia, da Zona Sul da II Divisão.
A estreia ao nível de clubes aconteceu em 10 de janeiro de 1988, num embate do campeonato com o Barreirense (1-1), antes de orientar Benfica, FC Porto - para entrar na história como o ‘engenheiro do penta’, com a vitória na I Liga 1998/99 – e Sporting, sendo que não viria a somar mais nenhum troféu, embora nunca tenha deixado de apurar Portugal para todos os grandes torneios, ainda que com dificuldades, como foi o caso do Qatar.
Ao longo da carreira conta com passagens por outros emblemas como o Estrela da Amadora (1994-1998), os gregos do AEK, em dois momentos - 2001/02 e 2004 a 2006 -, por quem ergueu uma Taça da Grécia, Panathinaikos (2002/03) e PAOK Salónica (2007 a 2010).