Autor: Lusa/AO Online
Num debate parlamentar no Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento), em Madrid, Pedro Sánchez precisou que a possibilidade de abstenção do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) dependia da condição de o PP rejeitar o Vox (extrema-direita) em todas as regiões espanholas.
Sánchez reiterou a oferta que fez na terça-feira no Senado (câmara alta), mas o líder do PP, Pablo Casado, não pôde responder à proposta porque já tinha esgotado o seu tempo de intervenção.
Sánchez acusou Casado de ter criado uma armadilha e agora querer que outros partidos o tirem de lá, tendo assegurado que os socialistas levam a extrema-direita a sério, estando dispostos a ajudar se forem cumpridas três condições: que o PP peça ajuda, explique por que razão a extrema-direita não pode entrar nos governos e diga se é "para sempre" e "em todos os territórios".
O PP ganhou as eleições que se realizaram no domingo na região de Castela e Leão com 31 mandatos, mais dois do que tinha anteriormente, mas longe do objetivo da maioria absoluta (41 deputados regionais), dependendo para governar do Vox, que passou de um para 13 eleitos nas cortes da região.
O PSOE, com 28 mandatos, menos sete do que os que obteve em 2019, ficou agora em segundo lugar, não tendo possibilidade de se juntar a outros partidos, à esquerda, para formar governo.