Autor: Lusa/AO Online
"Tivemos discussões tensas e detalhadas com os nossos colegas norte-americanos e com outros membros da NATO. Esperamos que ainda exista a possibilidade de voltar ao direito internacional e aos compromissos internacionais", disse Lavrov, citado pela agência Efe, durante uma reunião com o seu homólogo paquistanês, Shah Mahmood Qureshi.
De acordo com um comunicado do ministério russo, Lavrov assinalou que por agora a Rússia toma medidas "para garantir a segurança do país e do povo russo".
"Mas estaremos sempre prontos para um diálogo que nos devolva a justiça e os princípios da Carta das Nações Unidas", afirmou.
As declarações do chefe da diplomacia russa deram-se no meio de uma operação militar lançada pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, contra a Ucrânia, e das discussões de Moscovo com o ocidente para evitar a ampliação da NATO.
A Rússia lançou uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.