Açoriano Oriental
Congresso/CDS
Rodrigues dos Santos quer "nova maioria de direita" e recusa ser "mordomo" de outros partidos

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, comprometeu-se este domingo a “arregaçar as mangas”, unir o partido e torná-lo numa “nova direita” para liderar a oposição, recusando ser “mordomo" de outro partido.

Rodrigues dos Santos quer "nova maioria de direita" e recusa ser "mordomo" de outros partidos

Autor: AO Online/ Lusa

A nova comissão política nacional do CDS, de Francisco Rodrigues dos Santos - até agora líder da Juventude Popular -, foi hoje eleita com 65,7% dos votos dos delegados ao 28.º congresso nacional do partido, em Aveiro.

Nas primeiras palavras que dirigiu aos congressistas após a eleição, o centrista salientou que “à direita lidera o CDS, não lidera nenhum outro partido”.

“Espero que, com este trabalho, por cada eleitor que regresse, outro possa vir de novo, para que juntos possamos começar a construir uma sólida alternativa para o povo não socialista em Portugal”, estimou o novo líder, apontando que quer fazer do CDS “uma nova direita”.

Rodrigues do Santos quer então tornar o CDS-PP numa “síntese dessa nova direita de Manuel Monteiro, de Paulo Portas, mas também de Lucas Pires, que não está fechada nem centralizada em Lisboa mas andará pelo país, qual locomotiva em andamento e abrirá zonas de debate com a sociedade, dialogará com os portugueses, em contacto com o país real, olhos nos olhos”.

Assim, assinalou, “este é o momento de união, é o momento de tocar a rebate, é o momento de arregaçarmos as mangas”, e acabar “com a folga que tem sido dada na oposição ao Governo socialista de António Costa”.

“Nós vamos a partir de hoje começar a lançar as bases para uma nova maioria de direita em 2023, ou mesmo que este calendário seja antecipado, uma maioria que contará certamente com o papel ativo do CDS”, calendarizou.

Perante o congresso, o novo presidente do CDS-PP comprometeu-se a não ser “muleta de ninguém”, nem “mordomo de nenhum outro partido”.

“Não nos vamos diluir em nenhuma força política, nós vamos ser o CDS, nós vamos à luta, um partido de estabilidade, um partido de compromisso, um partido de governo, um partido que somos nós, um partido que é maior do que nós, um partido ao serviço de Portugal e dos portugueses”, frisou, desencadeando a maior reação de apoio da sala.

Observando que não é deputado, Rodrigues dos Santos reiterou que a sua “assembleia será o país”, e o seu escritório “as ruas de Portugal”.

“Estarei empenhado a crescermos no país, para depois aumentarmos os lugares onde nos iremos sentar no parlamento. Porque quando o CDS merece, o povo vota no CDS”, advogou no final de um discurso de pouco mais de 20 minutos.


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