Autor: Arthur Melo
Passaram 14 semanas desde que um evento desportivo na ilha de São Miguel tenha voltado a contar com público nas bancadas.
A
tão ambicionada presença de espectadores nos recintos desportivos, na
maior ilha do arquipélago, voltou a ser possível esta semana e,
terça-feira, o encontro da segunda jornada (em atraso) da Liga feminina
de basquetebol entre o União Sportiva e o Guifões assinalou o regresso
do público.
Foram 52 os que se deslocaram ao pavilhão Sidónio Serpa,
em Ponta Delgada, para assistir ao jogo que durou cerca de hora e meia.
À entrada, e após a obrigatória desinfeção das mãos nos
dispensadores de álcool gel, foi necessário proceder ao registo para
efeitos de despiste epidemiológico caso o novo coronavírus venha a ser
registado entre aqueles que naquele espaço temporal ali estiveram, e no
final, com apenas meia hora antes do dever de recolhimento domiciliário,
foi tempo de regressar às habitações.
À hora em que o jogo se
iniciou (18h00) já se encontravam espalhadas pela bancada poente do
Sidónio Serpa 35 pessoas, tendo as restantes entrado no recinto durante a
primeira parte do encontro.
O ruído do público durante a partida
fez recordar velhos tempos que ainda não aconteceram há tanto tempo
assim, e no final ficou expresso o desejo que a interdição não se volte a
verificar na segunda metade da temporada 2020/2021.
“É um desejo
nosso porque jogar com o pavilhão vazio e sem o apoio do público não é a
mesma coisa. As próprias jogadoras já demonstraram que preferem jogar
com o apoio do público e esperemos que esta medida seja para durar até
ao fim das competições nacionais”, afirmou André Amaral, presidente do
União Sportiva.
Já o treinador da equipa, Ricardo Botelho, saudou o
regresso dos espectadores, que no seu entender é bom para o espetáculo e
para a promoção da modalidade.
“Com público o espetáculo ganha
outra dimensão. Foi bom. Hoje já estiveram bastante pessoas e
provavelmente não houve mais porque muitas ainda não sabem, mas o
regresso do público aos pavilhões é bom. Vamos ver se esta situação
mantém-se para podermos ter o público nos espetáculos desportivos, que
só vem dignificar o jogo e dá mais visibilidade à modalidade”.