Autor: Lusa /AO Online
No discurso de encerramento das jornadas parlamentares, que decorreram numa unidade hoteleira em Ponta Delgada, o líder do PSD/Açores e do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, realçou a coesão do executivo promovida por um “espírito de missão”.
“Quem participou na afirmação desta alternativa tem de se rever e confirmar solidamente este rumo de alternativa (…). Estou convicto de que a coesão deste governo é inequívoca. Nós não discutimos protagonismos. Nós discutimos ações”, declarou o social-democrata.
Bolieiro considerou “inovadora” a atuação do Governo que, com “humildade democrática”, fez da anteproposta de Plano e Orçamento um “rascunho para a auscultação” da sociedade.
“Estas forças políticas, e este governo em particular, está ao serviço dos Açores e dos açorianos e não ao ziguezague do protesto de circunstância ou da ameaça de instabilidade. Procuramos assegurar com responsabilidade democrática a estabilidade e um rumo”, apontou.
Bolieiro criticou a oposição, que está “inquieta com o sucesso deste governo”, e salientou que o executivo não promove uma “governação de manutenção no poder”.
“Ao contrário de uma opção governativa que quer fazer da atividade pública o domínio e o dominante das pessoas, das instituições, das empresas, nós revertemos esse modelo de governação”, apontou, referindo-se aos anteriores governos do PS.
O social-democrata destacou a redução fiscal implementada pelo executivo, uma medida que “a oposição de esquerda não concorda porque prefere no bolso do gestor público o dinheiro que é da economia e das famílias”.
“É preciso que as pessoas decidam se querem esse rumo ou outro porque nós, deste lado, sabemos o que queremos. Já fazemos parte do que queríamos e não nos vamos desviar desse rumo”.
Bolieiro disse ainda que o atual executivo, que tomou posse em novembro de 2020 (após 24 anos de governações do PS), encontrou uma gestão com “dívida declarada e não declarada”, considerando-a “assustadoramente inibidora”.
“Tem por isso moral, política e cívica quem não foi capaz de fazer dizer mal de quem já fez em tão pouco tempo melhor do que aquilo que fizeram?”, questionou.
O líder do CDS-PP/Açores e vice-presidente do governo, Artur Lima, reforçou que os partidos que suportam o executivo estão “coesos” e elogiou o Orçamento da região que vai ser votado no final do mês no parlamento regional.
“Quem achar que este Orçamento é mau, que este Orçamento não serve o povo, vota contra. É só isso que tem de fazer. E depois assumam as consequências”, afirmou.
Artur Lima, que tutela a Solidariedade Social, considerou a habitação um “investimento prioritário”, para “responder à habitação social”, à “habitação degradada”, à “classe média” e “fixar pessoas”.
O centrista revelou que o governo vai “iniciar os processos” para disponibilizar “cerca de uma centena de habitações para arrendamento com opção de compra”.
“Temos um orçamento equilibrado para dar resposta às pessoas”, assinalou.
O líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, elogiou a “união” e a “massa crítica” no interior da coligação, salientando que a proposta de Orçamento da região para 2022 é “credível”.
“No final do ano, apesar de este governo só ter contado com Orçamento a meio do ano, e apesar de todas as circunstâncias, vamos ter um grau de execução orçamental superior ao que se registou nos últimos quatro anos”, concluiu.