PSD/Açores critica PS por "vingança mesquinha" e acusações "sem fundamento" ao CESA

O grupo parlamentar do PSD/Açores criticou hoje o PS pela “vingança mesquinha” de dirigir ao presidente do Conselho Económico e Social “acusações sem fundamento”, atacando e desprezando a “independência daquele órgão”.



“O ataque à independência do Conselho Económico e Social dos Açores [CESA] não passa de uma vingança mesquinha do PS pelo parecer globalmente positivo que este órgão deu às propostas de Orçamento e Plano da Região para 2023”, indica o grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa Regional, em comunicado.

O PS/Açores criticou hoje os presidentes do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), o social-democrata José Manuel Bolieiro, e do CESA, Gualter Furtado, por não terem atuado para “corrigir o que se impunha corrigir” no processo das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A vice-presidente do grupo parlamentar do PS Andreia Cardoso falava em conferência de imprensa depois de, na segunda-feira, a comissão de inquérito à Operacionalização das Agendas Mobilizadoras do PRR nos Açores terminar sem relatório, após a proposta do relator (PS) e as alterações sugeridas pela coligação PSD/CDS-PP/PPM terem sido reprovadas.

Para o PSD, “as acusações sem fundamento do PS ao presidente do CESA constituem um ataque à independência daquele órgão representativo da sociedade açoriana”.

“O PS sempre desprezou e continua a desprezar a independência das instituições”, lamentam os sociais-democratas.

O PSD diz ainda que “o PS de Vasco Cordeiro [ex-presidente do Governo Regional e atual líder dos socialistas açorianos], angustiado pela perda do poder, limita-se a criticar tudo e todos, independentemente do assunto”.

“Falar mal é a razão de existir deste PS”, acusam os social-democratas.

O grupo parlamentar diz ver com “profunda preocupação que o PS, enquanto força partidária muito relevante no contexto da democracia açoriana”, esteja “reduzido a um mero partido de protesto, devido ao comportamento errático de Vasco Cordeiro”.

“Deve preocupar qualquer democrata o beco sem saída para onde Vasco Cordeiro conduz o PS”, acrescentam.

De acordo com o grupo parlamentar do PSD, “a ação política do PS, marcada pela crítica permanente e por uma absoluta falta de propostas, apenas pretende desviar as atenções das boas medidas que o Governo dos Açores apresenta no Orçamento para 2023”.

Como exemplos, o PSD cita o “reforço sem paralelo dos apoios sociais às famílias e a redução do IRC para as pequenas e médias empresas”.

Em causa, no processo das Agendas Mobilizadoras, estava uma alegada verba inicial de 117 milhões de euros, financiada pelo PRR, destinada a projetos de inovação, turismo e agroindústria, a que poderiam candidatar-se as empresas açorianas que apresentassem projetos em consórcio.

A comissão de inquérito foi pedida por PS, BE, PAN e IL em outubro de 2021.

Os deputados justificaram a criação da comissão de inquérito com a gestão feita pelo Governo Regional aos 117 milhões de euros que vários empresários disseram desconhecer, levantando suspeitas sobre favorecimentos e levando o presidente do executivo a cancelar o processo, com a garantia de que as empresas açorianas não perdiam “um cêntimo”.

Hoje, na conferência de imprensa, a socialista Andreia Cardoso considerou que a falta de ação de Gualter Furtado causou um “prejuízo claro por omissão”.


PUB

Premium

A funcionar desde outubro, a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital do Divino Espírito Santo já internou 18 doentes em casa, oferecendo cuidados de nível hospitalar no domicílio, com uma equipa multidisciplinar dedicada, menor risco de infeções e quedas, maior conforto para o doente e melhor gestão das camas hospitalares