Autor: Arthur Melo
O promotor do Campeonato da Europa de Ralis (ERC na sigla
inglesa) mostrou disponibilidade e vontade em integrar o Azores Rallye
no calendário já em 2026 ou, em alternativa, em 2027.
A abertura foi
transmitida ao novo diretor de provas do Grupo Desportivo Comercial
(GDC), António Medeiros, durante um evento promovido pela Federação
Internacional do Automóvel.
O anúncio desta vontade - e do
“compromisso” entretanto firmado - foi feito segunda-feira no decorrer da
conferência de imprensa de apresentação da nova equipa técnica do GDC,
realizada no São Miguel Park Hotel, tendo Luís Pimentel adiantado que
“já temos o compromisso do promotor do ERC de em 2026 ou em 2027
fazermos parte do calendário. Ao mesmo tempo, temos ainda o compromisso
de integrar o Rally Series em 2026”, revelou também o presidente do
clube.
António Medeiros, que já tinha desempenhado o cargo de
diretor de provas do GDC entre 2018 e 2021, recordou que o grande
enfoque do clube é voltar a colocar o Azores Rallye no calendário do
Campeonato de Portugal de Ralis (CPR)em 2026, sublinhando que “estamos a
preparar o rali neste sentido”.
Para além disso, acrescentou que “a
ambição do nosso desporto e da nossa terra tem que ser mais alto”, pelo
que “voltar ao ERC” é também um objetivo do GDC e, disse, “vamos fazer
esse esforço no sentido de retornar” ao Europeu de ralis.
O Azores
Rallye foi, durante uma década (de 2012 a 2022), um evento âncora do
Europeu de ralis, tendo saído do calendário quando a WRC Promoter GmbH
substituiu o Eurosport na organização e promoção do campeonato.
Medeiros,
que regressa quatro anos depois às funções que desempenhava no GDC,
destaca que o Azores Rallye, “em termos técnicos, reúne as condições
para que isso aconteça. Da parte do promotor do ERC há abertura em
voltar aos Açores, até porque como ele próprio referiu, os pilotos
gostam muito dos Açores, é um rali que todos gostam muito, é um rali de
terra que o ERC precisa, porque a maior parte são em asfalto e temos
esse compromisso de voltar ao ERC, eventualmente já em 2026”,
especificou o diretor do provas do GDC.
O regresso dos Açores ao ERC
tem, todavia, custos financeiros e, acrescenta António Medeiros,
“depende da envolvência do Governo e do Governo querer apoiar este
projeto, como já fez anteriormente, mas esta direção tem que ter a
ambição de arranjar patrocinadores para não existir uma completa
dependência do Governo Regional dos Açores. O Governo faz um esforço
enorme em várias frentes e temos de ter o apoio do Governo, mas também
temos que fazer um esforço para termos patrocinadores privados. Este é o
trabalho que o clube vai desenvolver”, disse ainda o dirigente do GDC.
Na
ocasião, Luís Pimentel anunciou que o GDC vai apresentar o estudo de
impacto económico do Azores Rallye, mas também o impacto financeiro e o
retorno promocional que a prova deu aos Açores durante os 10 anos em
que figurou como prova de abertura do ERC.
Sobre a nova equipa técnica do clube, Pimentel classificou-a de “excelente”, depositando enorme “confiança” no trabalho que vai agora ser desenvolvido sob a liderança de António Medeiros, com o objetivo de “recuperar tudo aquilo que o clube já conquistou no passado”, nomeadamente o regresso ao calendário do CPR em 2026 e o regresso da maior prova automobilística dos Açores ao ERC em 2026 ou em 2027.