Açoriano Oriental
População com “grande saudade” das festas do Espírito Santo

Vice-presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada afirmou que as festas são “essenciais para a afirmação cultural” da cidade. Celebrações voltam a ser “mínimas” devido à situação pandémica

População com “grande saudade” das festas do Espírito Santo

Autor: Nuno Martins Neves

As festas do Divino Espírito Santo são “essenciais para a afirmação cultural” de Ponta Delgada. A afirmação é do vice-presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Furtado, durante a sessão online sobre “O Culto do Divino Espírito Santo nos Açores e nas Comunidades”.

“A devoção ao Espírito Santo está na matriz do nosso povo e apresenta-se como uma inspiração e referência para a prática de convívio inclusivo e solidário entre comunidades e entre pessoas, do nosso modo de ser e de estar”, explicou.

Pedro Furtado realçou que tem sentido na população uma “grande saudade” das festas que acontecem, anualmente, em todas as freguesias do concelho.

“A tradição tinha o futuro assegurado e penso que com este interregno, forçado pela pandemia que assola o mundo, voltará com mais força”, expressou o autarca, lembrando que nos últimos anos, em Ponta Delgada, cada vez mais jovens aderiam às festividades.

A edição de 2021 das Grandes Festas do Divino Espírito Santo, agendada para o segundo fim de semana de julho, não terá, “infelizmente e pelo segundo ano consecutivo, a dimensão e a grandeza habitual”.

Este ano a Câmara Municipal de Ponta Delgada vai montar o Quarto do Espírito Santo no exterior, na Praça do Município, e promover a Missa de Domingo na Igreja Matriz de São Sebastião, estando ainda a trabalhar para organizar uma exposição de carros de bois no centro da cidade.

“A celebração será mínima mas com certeza que no próximo ano as festas vão ganhar uma desenvoltura e dimensão ainda maiores”,afirmou.

Para o vice-presidente, em termos organizativos, as festas, que são um cartaz turístico, singular e identitário, têm um formato já “consolidado” e dispõem de uma máquina “bem oleada”, operada por mais de 500 colaboradores, internos e externos à Câmara Municipal.

No entanto, reconhece, há aspetos a melhorar, entre eles o Cortejo Etnográfico, modernizando-o e tornando-o ainda mais atrativo em termos turísticos.

Na sessão promovida pela Direção Regional das Comunidades, Pedro Furtado falou também da relação e colaboração com Alenquer, “berço” do Espírito Santo.

O evento contou também com uma conferência sobre a festa do Divino na ilha de Santa Catarina, Brasil, pela investigadora Lélia Pereira Nunes e com entrevista ao coordenador das Grandes Festas do Espírito Santo de Nova Inglaterra, EUA, Duarte Câmara. A sessão de abertura e moderação esteve a cargo do Diretor Regional das Comunidades, José Andrade.


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