Açoriano Oriental
Política de coesão é o principal instrumento de investimento da UE

Presidente do Comité das Regiões destacou importância das políticas de coesão na abertura da Semana Europeia das Regiões e Cidades

Política de coesão é o principal instrumento de investimento da UE

Autor: Ana Carvalho Melo/Lusa

O presidente do Comité das Regiões, Vasco Cordeiro, defendeu ontem que a política de coesão é” o principal instrumento de investimento a longo prazo da União Europeia no reforço da coesão económica, social e territorial”.

“[A Política de Coesão] desempenhou igualmente um papel importante para as regiões e cidades apoiarem as pessoas durante a pandemia e está a ajudá-las a enfrentar as consequências da guerra da Rússia contra a Ucrânia”, frisou Vasco Cordeiro.

O presidente do Comité das Regiões falava numa conferência de imprensa conjunta com a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, na abertura da Semana Europeia das Regiões e Cidades, que decorre até quinta-feira.

Vasco Cordeiro referiu ainda que o Relatório Anual do Comité das Regiões realça o papel da política de coesão para as comunidades locais.

“Como mostra o Relatório Anual do Comité das Regiões, a importância da política de coesão para as comunidades locais é mais forte do que nunca, com 83% dos representantes locais e regionais a afirmarem que esta é a política que traz mais valor acrescentado ao seu território. Esta semana trata-se também de debater o futuro da política de coesão”, disse em Bruxelas, frisando que “para as regiões e cidades, a política de coesão deve continuar a ser a pedra angular da transição verde e digital, entre outras”.

Por sua vez a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, disse querer proteger o próximo quadro dos fundos de coesão do combate à atual crise energética, privilegiando o quadro de 2014-2020, que pode ser usado até 2023.

“Claro que estamos a abordar este assunto, dentro dos limites do quadro de apoio de 2014-2020. Porque queremos proteger o quadro de apoio 2021-2027 para o fundamental da política de coesão”, disse  Elisa Ferreira, sobre o aumento dos custos da energia por toda a União Europeia. “Queremos mesmo que a política de coesão se concentre na convergência de longo prazo”, tinha já dito anteriormente a comissária europeia, reconhecendo que no quadro financeiro 2014-2020 foi necessário “criar flexibilidade”, já que “a coesão interna da Europa teria sido massivamente colocada em perigo” se tal não tivesse acontecido.

Por seu lado, sobre o mesmo assunto, Vasco Cordeiro salientou a importância de não “transformar o extraordinário no novo normal” como a sua “principal preocupação”, defendendo o objeto da política de coesão de Bruxelas.

“O que eu preferiria era tornar os fundos de coesão mais fácil de usar na transição energética”, reconhecendo, porém, que não tem “a mesma resposta rápida” dos fundos de emergência, mas “prepara mais solidamente as regiões e cidades” sobre o assunto.


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