Açoriano Oriental
PCP/Açores quer manter ‘gateways' para ilhas com obrigações de serviço público

O PCP/Açores defendeu a manutenção das atuais ‘gateways’ com aviões e frequências adequadas às necessidades das ilhas com obrigações de serviço público.

PCP/Açores quer manter ‘gateways' para ilhas com obrigações de serviço público

Autor: Lusa/AO Online

Num comunicado em que divulga as conclusões de uma reunião da direção regional do PCP/Açores (DORAA) realizada no sábado, em Ponta Delgada, os comunistas referiram que “já há muito tempo o futuro do Grupo SATA [companhia aérea açoriana] está posto em causa pela gestão danosa dos sucessivos governos regionais, que o conduziu a uma situação financeira insustentável”.

“Receamos que a anunciada reestruturação e o apoio de Bruxelas, envolta por enquanto no silêncio, nada de bom irá trazer à região. Pelo contrário, podem ser um caminho perigoso, que poderá pôr em causa o legítimo direito à mobilidade dos açorianos”, observa o PCP/Açores.

De acordo com os comunistas, o “possível fim das ligações diretas com o continente das ilhas do Faial, Pico e Santa Maria, como a falta de reforço das viagens interilhas, atingindo em particular a Graciosa, Santa Maria e São Jorge, conjugado com a pouca oferta de transportes marítimos de passageiros e mercadoria, acabará por isolar e condicionar cada vez mais o crescimento de algumas ilhas”.

O PCP/Açores rejeita “este silêncio, estas possíveis opções, que dariam continuidade a uma política de retrocesso e condicionamento para quem vive nestas ilhas, limitando o seu desenvolvimento económico e social, afetando ainda mais o setor do turismo, que já enfrenta dificuldades acrescidas”.

Para os comunistas, a redução do número de voos “pode significar não só a perda de fluxos turísticos, como constituir uma barreira à criação de oportunidades, limitando as possibilidades de desenvolvimento destas ilhas e contribuindo para o encerramento de empresas e o aumento do desemprego”.

Os comunistas apreciaram ainda os “aumentos dos preços da energia e dos combustíveis, que acrescentam dificuldades na vida dos açorianos, mesmo de quem não tem carro e quem procura gastar o mínimo de eletricidade possível”.

“Sendo estes fatores de produção transversais a todas as atividades económicas, determinam o aumento do preço de qualquer outro bem ou serviço. Na ausência de aumentos salariais, isto origina uma baixa dos consumos que enfraquece ainda mais a nossa economia”, considera o PCP/Açores.

Os comunistas defendem “medidas concretas para travar esta situação, encontrando uma estratégia, uma série de respostas que se organizem em volta de um fio condutor".

“O Governo PSD, CDS/PP, PPM, com o apoio parlamentar do Chega e IL, não parece ter compreendido a importância e a urgência desta ação”, referem.

Os comunistas anunciaram ainda que XI Congresso da Organização da Região Autónoma dos Açores se vai realizar a 07 e 08 de maio, na cidade da Horta, ilha do Faial.


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