Açoriano Oriental
Tóquio2020
Patrícia Mamona “nas nuvens” quer aproveitar o momento com os mais próximos

A portuguesa Patrícia Mamona admitiu estar “nas nuvens” com a conquista da medalha de prata no triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, um feito que quer celebrar com os mais próximos.

Patrícia Mamona “nas nuvens” quer aproveitar o momento com os mais próximos

Autor: João Pedro Simões/Lusa/AO Online

“Estou com a adrenalina da prova. Sei que a medalha vai chegar, só se houver algum desastre natural. Agora só quero contactar as pessoas mais importantes, que contribuíram muito para este feito. Só penso nisso. Na minha família e no meu treinador [José Uva], que está ali fora à minha espera, empolgado, muito emocionado, porque foi um trabalho de equipa”, afirmou Mamona, ainda no Estádio Olímpico, na conferência de imprensa das medalhadas no triplo salto.

Ao lado da venezuelana Yulimar Rojas, campeã olímpica, bicampeã mundial e recordista do mundo, e da espanhola Ana Peleteiro, terceira classificada, Patrícia Mamona assumiu a estranheza com o sucesso.

“Tenho a certeza de que todas as finalistas sonhávamos estar no pódio, com uma medalha. Eu também sonhava, sabia que podia e que ia ser capaz, apesar de saber que a competição ia ser dura”, reconheceu.

Como vantagem, na sua terceira presença olímpica, depois do sexto lugar no Rio2016 e do 13.º posto em Londres2012, a atleta do Sporting tinha um foco diferente: “Era a primeira vez que estava apenas focada em saltar muito, conseguir ganhar uma medalha ou conseguir ou não o recorde nacional, queria saltar muito. Fui muito feliz, estou nas nuvens, acho que não vou conseguir dormir”.

Patrícia Mamona reconheceu que a conquista da medalha é “um momento bastante histórico para Portugal, para o atletismo e para o atletismo feminino”, numa disciplina em que Nelson Évora já se sagrou campeão olímpico, em Pequim2008.

No Estádio Olímpico, a portuguesa, de 32 anos, bateu duas vezes o recorde nacional, melhorando a marca em 35 centímetros, para 15,01 metros, de ter demorado cinco anos para fixar o registo em 14,66 metros, no passado dia 09 de julho.

“Estou feliz por ter trabalhado muito por isso, no fim do dia sei que fiz tudo e agora vou desfrutar, ainda por cima fiz 15 metros. Demorei cinco anos para melhorar um centímetro ao recorde e agora consegui. Não sei se vou conseguir dormir, mas vou aproveitar tudo e todo o carinho que me têm dedicado. Estou desejosa por falar com os portugueses, que foram muito importantes para conseguir saltar muito”, realçou.

Mamona assegurou a segunda medalha da Missão de Portugal a Tóquio2020, depois de o judoca Jorge Fonseca ter conquistado o bronze na categoria -100 kg.

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