Açoriano Oriental
“Os Açores não estão condenados a serem a região mais pobre do país”

Presidente do CESA defende aposta na educação e formação profissional com vista a promover o desenvolvimento económico

“Os Açores não estão condenados a serem a região mais pobre do país”

Autor: Luís Pedro Silva

O presidente do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA), Gualter Furtado, considera ser necessário promover uma aposta na educação e formação profissional ativa para garantir o desenvolvimento económico.

“Sem  Desenvolvimento  Económico,  que  é  muito  mais  do  que  apenas  crescimento económico, uma política de educação e formação profissional ativa,  este  desígnio  de  combate  à pobreza é bem mais difícil e tende a perpetuar-se”, sublinhou Gualter Furtado durante a sessão de abertura da conferência “Combater a Pobreza: Retratos e Soluções”, realizada ontem no Salão Nobre do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.

O responsável pelo CESA considera ser necessário implementar novas ações políticas para combater a pobreza na Região.

“Os Açores não estão condenados a serem uma das regiões mais pobres do país, ou, a mais pobre do país. Recuso determinantemente este fatalismo, já que com as nossas dificuldades  estruturais,  algumas  delas  de  natureza  insular  e  geográfica, temos condições  para  sermos  um  arquipélago  mais  desenvolvido  e  uma  referência pela positiva no contexto das Regiões Ultraperiféricas Insulares, mesmo na vertente Social”, referiu.

O presidente do CESA, Gualter Furtado, destacou que a pobreza é uma das maiores limitações ao desenvolvimento económico da Região.

“A pobreza, infelizmente, nos Açores não é um mito, mas sim uma  realidade, pois, segundo dados de 2020, cerca de 21,9% dos residentes nos Açores encontravam-se em situação de pobreza, quando em 2019 eram 28,5%, o que significa uma evolução positiva, mas que ainda é muito preocupante, já que isto representa que 1 em cada 5 pessoas estavam em situação de pobreza, abrangendo cerca de 50000 residentes na Região Autónoma dos Açores, o que é um número deveras elevado”, vincou.
Por seu lado, o presidente da Assembleia  Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA),  Luís Garcia,  indicou que  é  tempo de “meter  mãos  à  obra  e avançar com as soluções adequadas” ao combate à pobreza na Região.

Luís Garcia reconhece que  o  flagelo  da pobreza é “o  verdadeiro calcanhar de Aquiles” do desenvolvimento da Região, defendendo que a solução tem de passar por uma aposta na formação e na educação dos açorianos, criando, deste modo, “mão de obra qualificada” e preparada para colmatar as necessidades do setor económico dos Açores.

O presidente do parlamento regional refere que o trabalho desenvolvido e as políticas adotadas ao longo dos 45 anos da  autonomia  regional foram insuficientes “para retirar um  quinto dos açorianos do limiar da pobreza”, sendo necessário “procurar melhores soluções”.

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