Autor: Susete Rodrigues
Os núcleos museológicos da Ribeira Chã pretendem ser uma homenagem ao Padre João Caetano Flores, refere nota de imprensa.
Este novo núcleo museológico perpetua dois elementos importantes para a história em particular da freguesia da Ribeira Chã, nomeadamente o pastel e a serpentina.
De acordo com a nota de imprensa, o pastel é uma planta tintureira, donde se pode extrair a cor azul-escuro e o preto, tendo sido utilizada num dos mais antigos processos de tinturaria dos Açores. A sua cultura foi uma das mais relevantes fontes de riqueza durante os primeiros séculos de povoamento do arquipélago, tendo sido muito importante para a economia do arquipélago até meados do século XVII, altura em que o seu ciclo terminou devido ao aparecimento de produtos de maior rentabilidade e menor preço.
Fruto do trabalho e do reconhecimento da importância da salvaguarda do património cultural por parte do Padre Caetano Flores, estará exposta no novo núcleo uma mó que se revela um testemunho desta indústria.
A serpentina é uma planta da mesma família dos “jarros” de folhagem verde, de crescimento espontâneo nos campos, à beira das estradas, nos jardins, e dá-se nos barreiros sombrios e húmidos ou em bosques fechados, mas também pode ser plantada.
Para fins culinários, a sua raiz é transformada em farinha, tendo sido muito usada no passado na culinária da ilha de São Miguel, em particular na Ribeira Chã.