Autor: Lusa/AO Online
Nas últimas 24 horas o país registou oficialmente 27.444 novos casos de infeções, um novo recorde diário que elevou para 3.576.148 o número total de casos positivos.
O Irão, que prevalece o país mais duramente atingido na região do Médio Oriente, também registou mais 250 mortes relacionadas com o coronavírus no mesmo período, indicou o ministério, num total de 87.624 mortos.
As autoridades admitiram anteriormente que os números oficiais não englobam todos os casos recenseados.
Numa tentativa para conter a progressão do Covid-19, o comité nacional de luta contra o coronavírus ordenou o encerramento, a partir da noite de segunda-feira e durante seis dias, de todas as repartições administrativas e bancos em Teerão e na província vizinha de Alborz, uma decisão inédita desde o início da pandemia.
O anterior recorde de infeções diárias no país (25.582) foi registado a 14 de abril.
A República islâmica do Irão, com mais de 83 milhões de habitantes, confronta-se, há várias semanas, com grandes dificuldades em conter o que o Governo designa por “quinta vaga” da doença, e com origem na propagação da variante Delta, muito contagiosa.
Num momento em que o Irão se prepara para três dias de feriados – de quarta a sexta-feira – por ocasião da festa muçulmana do Sacrifício, o Comité decretou uma proibição das deslocações ou de entrada de viaturas nestas duas províncias durante seis dias.
No sábado, o Presidente, Hassan Rohani, que abandona o cargo a 03 de agosto após a eleição de Ebrahim Raisi, lamentou o “muito fraco” respeito pelas regras de proteção.
Em Teerão, numerosos habitantes prescindem do uso da máscara sem que isso mereça advertências das autoridades, indica a agência noticiosa AFP.
O Irão, que enfrenta grandes dificuldades financeiras devido às sanções norte-americanas restabelecidas em 2018, regista grandes dificuldades em efetuar transações comerciais com o estrangeiro para a importação de vacinas.
Perante a penúria de doses, as autoridades aprovaram a utilização urgente de duas vacinas produzidas localmente antes mesmo da sua autorização para comercialização.
Segundo o ministério da Saúde, cerca de 6,9 milhões de pessoas receberam uma primeira dose da vacina contra o coronavírus, e apenas 2,3 milhões garantiram as duas doses necessárias.