Açoriano Oriental
Montenegro defende que é preciso dar à população “um acréscimo de sentimento de segurança”

O primeiro-ministro defendeu que é preciso dar à população “um acréscimo de sentimento de segurança”, numa cerimónia em que agradeceu a dedicação do ex-diretor nacional da PSP mas falou numa “nova etapa” para esta força.

Montenegro defende que é preciso dar à população “um acréscimo de sentimento de segurança”

Autor: Lusa/AO Online

Luís Montenegro presidiu à cerimónia de tomada de posse do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), o superintendente Luís Carrilho, que decorreu no Ministério da Administração Interna, em Lisboa.

“A segurança é objetivamente um fator de competitividade social e também económica de Portugal. Esta é uma tarefa enorme, que passa por múltiplos aspetos, que devem desde logo dar à população portuguesa um acréscimo de sentimento de segurança”, defendeu.

“Podemos estar objetivamente seguros e sentirmo-nos inseguros, acrescentar sentimento de segurança é uma tarefa importantíssima nos dias de hoje porque isso contribui para a tranquilidade das pessoas e do país”, reforçou.

A este propósito, disse partilhar posições expressas pelo novo diretor nacional da PSP de dar “um incremento nos próximos anos ao policiamento de proximidade”.

“Nós precisamos de mostrar às nossas populações uma presença mais ativa, também mais preventiva, das nossas forças de segurança e da PSP em particular”, disse.

No discurso da tomada de posse, o novo diretor nacional da PSP afirmou que tem como objetivo tornar a polícia “mais próxima do cidadão, mais moderna e com um papel primordial na segurança nacional e na sua afirmação no contexto internacional”.

Para tal, explicou, vai apostar em “reforçar o sentimento de segurança” dos cidadãos e de quem visita Portugal, “incrementar o policiamento de proximidade em toda a área de responsabilidade da PSP, apostar na formação inicial e contínua dentro da instituição, valorizar socioprofissionalmente todas as pessoas que trabalham” na polícia, “incrementar a coesão interna, intensificar a cooperação nacional e internacional”.

“A Polícia de Segurança Pública é um instrumento capital de política interna e também um poderoso instrumento de política externa”, frisou.

No início da tomada de posse, a que assistiram as ministras da Administração Interna e da Justiça e também o cardeal patriarca, o primeiro-ministro pediu, em tom bem-disposto, a este último que pudesse “abençoar esta cerimónia e o mandato que se inicia”.

Luís Montenegro deixou também “uma palavra de reconhecimento e gratidão ao superintendente José Barros Correia pelo trabalho de toda a carreira e nos últimos anos na PSP”, salientando a sua “dedicação e entrega à dignificação” dos valores desta polícia.

O primeiro-ministro felicitou o novo diretor da Polícia de Segurança Pública, destacando a sua longa carreira em Portugal e em organizações internacionais.

“É-lhe reconhecida grande capacidade de diálogo, grande espírito de missão, um elevado sentido de responsabilidade, que são também garantia da confiança que em si depositamos para esta nova etapa, este novo ciclo da PSP”, salientou.

Luís Carrilho, atual comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP) e com uma carreira internacional, nomeadamente das Nações Unidas, substitui José Barros Correia, exonerado na segunda-feira pela ministra Margarida Blasco.

A ministra justificou a aposta num “novo homem” para dirigir a Polícia de Segurança Pública com a “reestruturação profunda” que o Governo quer fazer na PSP, mas ainda não explicou os motivos da exoneração de José Barros Correia, que estava no cargo desde setembro de 2023.

Questionado sobre esta substituição, mas respondendo de forma mais geral, o primeiro-ministro defendeu na terça-feira que é natural um novo Governo fazer substituições de altos cargos.

"Nós iniciámos um ciclo novo de Governo, dentro desse ciclo é natural que haja substituições de altos cargos de responsabilidade que têm a ver com a execução do Programa do Governo e com o exercício de responsabilidades que têm tutelas políticas. É preciso dizer isto com naturalidade, sem dramatismos", declarou então Luís Montenegro, em resposta a questões dos jornalistas.


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