O principal objectivo deste cartão é permitir aos jovens açorianos uma fácil mobilidade e um maior turismo juvenil entre as várias ilhas, de forma a poderem conhecer outros ambientes, outras pessoas e participarem das inúmeras festas e actividades locais.

O Interjovem destina-se aos jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 30 anos de idade. A adesão no ano de 2008 superou todas as expectativas, chegando a um número total de 12200 jovens. Para o corrente ano a Direcção Regional da Juventude foi "ambiciosa mas também consciente de que começa a ser difícil" atingir este valor, afirma Bruno Pacheco , que acredita que os números serão muito próximos aos do ano passado. Até ao mês de Julho já foram vendidos mais de 7000 cartões. Estes números revelam que "o Governo tem dado, ano após ano, as condições mínimas ou necessárias para que os nossos jovens, a nossa juventude se conheça melhor entre si", salienta o director regional da Juventude.

Ao adquirir este cartão os jovens açorianos têm acesso a inúmeros descontos nas viagens interilhas, nas pousadas açorianas, em lojas e em alguns dos festivais que decorrem nas ilhas, tendo contado, este ano, com diversas novidades. Uma delas é o aumento da idade dos jovens para os 30 anos, de forma a estar em coerência com os outros programas que o Executivo tem desenvolvido ao longo dos anos na área da juventude. Desta forma, pretende-se manter o espírito de conhecer outras pessoas e de ganhar hábitos para que, após ultrapassar esta idade máxima, a população continue a viajar entre ilhas e a conhecer e aprofundar conhecimentos em relação a estas. Para além desta medida, foi acrescentado um desconto de 50% nas pousadas do Pico e Terceira, de maneira a "valorizar as outras pousadas para além da de Ponta Delgada", e aliciar os jovens das restantes ilhas a outras opções onde existem tais infra-estruturas de acolhimento. Outra iniciativa tomada pela Direcção Regional da Juventude, em parceria com o Banif, foi a criação da vertente multibanco do cartão. Aquele banco irá suportar o custo das emissões de todos os cartões permitindo que "os jovens tenham acesso a um determinado pacote de bens", obtendo mais descontos em lojas, livrarias e cinemas.

Isto tem como objectivo "melhorar os índices de formação", porque, segundo Bruno Pacheco, o Governo acredita que "com o acesso a estes bens culturais" se está a "fornecer meios de formação ou de educação informal" aos jovens açorianos.

Este cartão representa um investimento de 750 mil euros por parte da Região, valor que se manteve em relação ao ano passado, com diversos níveis de comparticipação, nomeadamente, das "duas transportadoras que existem nos Açores, a Transmaçor e a Atlânticoline, que são parceiras desse projecto e que sem elas isto não existiria".

Relativamente ao próximo ano, Bruno Pacheco afirma que existirão algumas novidades, embora não as tenha revelado em conversa com o Açoriano Oriental "por respeito aos jovens e às pessoas", tal como por alguma incerteza se tais projectos serão levados inalterados até ao fim.