Autor: Lusa/AO online
“Se, de facto, uma operação está a ser preparada, só tenho uma coisa a dizer do fundo do meu coração: Presidente Putin, impeça as tropas de atacar a Ucrânia. Dê uma oportunidade à paz. Muitas pessoas já morreram”, disse António Guterres, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
A reunião foi convocada horas depois de Moscovo ter dito que tinha recebido um pedido de ajuda dos líderes das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
Durante a reunião, nenhum outro membro do Conselho de Segurança expressou apoio à decisão de Moscovo de reconhecer as duas regiões separatistas e de ordenar o envio de tropas russas para “manutenção da paz”.
O Conselho estava a preparar uma resolução a declarar que a Rússia está a violar a Carta da ONU, o direito internacional e uma resolução do conselho de 2015 sobre a Ucrânia, disse um diplomata, que pediu o anonimato, à agência de notícias Associated Press.
A resolução pedia à Rússia para recuar imediatamente, acrescentou o diplomata.
Na quarta-feira, diplomatas de dezenas de países pediram a palavra na Assembleia-geral da ONU para condenar as ações da Rússia em relação à Ucrânia.
Mesmo a China, que geralmente apoia a Rússia na ONU, defendeu o princípio de longa data do organismo mundial de respeitar a soberania dos países e as fronteiras internacionalmente reconhecidas, sem mencionar diretamente Moscovo.
O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, defendeu que a Rússia está apenas a responder à situação dos habitantes das áreas separatistas e acusou a Ucrânia de estar envolvida em ações de violência e opressão.
Entretanto, Vladimir Putin anunciou uma operação militar na Ucrânia, que afirmou destinar-se a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Lugansk.
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