Açoriano Oriental
Governo quer colocar mais 15 mil trabalhadores em lares até final do ano

O programa de reforço de recursos humanos em lares vai contratar mais 15 mil trabalhadores até ao final do ano, anunciou o Governo, lançando ainda o programa PARES, um investimento de 110 milhões de euros em equipamentos sociais.

Governo quer colocar mais 15 mil trabalhadores em lares até final do ano

Autor: Lusa/AO online

Numa cerimónia no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), em Lisboa, a ministra Ana Mendes Godinho, ao lado do primeiro-ministro António Costa, acordou esta quarta-feira com os representantes do setor social o reforço do programa de apoio de emergência aos equipamentos sociais, coordenado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), e que já colocou 6.200 desempregados, trabalhadores em ‘lay-off’ e outras pessoas elegíveis a desempenhar trabalho social em mais de mil instituições.

Segundo Ana Mendes Godinho, o objetivo do Governo passa por “ir mais longe” pelo que vai ser alargado o número de pessoas abrangidas pelo programa, “para reforço das instituições de modo a poderem preventivamente ter mais pessoas já a trabalhar”, tendo por objetivo “colocar até ao final do ano 15 mil pessoas em instituições do setor social de modo a responder às situações da pandemia e incluindo também a vertente da formação”.

A medida anunciada resulta, segundo a responsável pelo MTSSS, de um trabalho conjunto e de parceria com as instituições do setor social, em curso desde março, quando teve início a pandemia em Portugal, mas defendeu que “esta resposta de emergência não esgota” o “horizonte de atuação” do Governo.

“Por isso, assumimos no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) a prioridade do investimento nos equipamentos sociais e hoje damos aqui um passo fundamental lançando o programa PARES 3.0, com 110 milhões de euros para alargamento da rede de equipamentos, requalificação e melhoria da nossa capacidade coletiva de resposta social, dando prioridade a respostas sociais de apoio a idosos, creches e apoio à deficiência”, disse, referindo que o programa foi hoje publicado em Diário da República.

O programa PARES 3.0 constava já do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), com uma dotação de 110 milhões de euros financiados pelas receitas dos jogos sociais, e que prevê a construção de “várias creches” para responder a “necessidades prementes”, para além de construção e requalificação de equipamentos sociais para idosos e pessoas com deficiência, como lares, centros de dia e centros ocupacionais, segundo adiantou o primeiro-ministro na apresentação do PEES, em junho.

Na altura, António Costa anunciou um reforço de três mil postos de trabalho no apoio a idosos para programas com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), Misericórdias e Mutualidades.

O reforço de postos de trabalho deverá agora ser de 15 mil até ao final do ano.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 781 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.786 em Portugal.

Para Portugal, a Comissão Europeia prevê que a economia recue 9,8% em 2020, uma contração acima da anterior projeção de 6,8% e da estimada pelo Governo português, de 6,9%.

O Governo prevê que a economia cresça 4,3% em 2021, enquanto Bruxelas antecipa um crescimento mais otimista, de 6%, acima do que previa na primavera (5,8%)

A taxa de desemprego deverá subir para 9,6% este ano, e recuar para 8,7% em 2021.

Em consequência da forte recessão, o défice orçamental deverá chegar aos 7% do PIB em 2020, e a dívida pública aos 134,4%.

Os efeitos da pandemia já se refletiram na economia portuguesa no segundo trimestre, com o PIB a cair 16,5% face ao mesmo período de 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).


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