Autor: Lusa/AO Online
“Trataremos de fazer uma análise, juntamente com os restantes departamentos do Governo que têm competência nesta matéria, para tentar encontrar soluções que permitam dar resposta a estas preocupações”, referiu o governante, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com a Associação de Turismo Sustentável do Faial, realizada na ilha do Faial.
Alonso Miguel justificou a alteração do horário de funcionamento dos centros interpretativos da região com a “análise estatística” dos visitantes e com a necessidade de racionalizar recursos, mas perante as críticas das associações turísticas e das câmaras do comércio da região, que contestavam o fecho simultâneo daqueles espaços, admite vir a corrigir algumas situações.
Pedro Rosa, presidente da Associação de Turismo Sustentável do Faial, manifestou, por seu turno, a sua satisfação pelo facto de o Governo ter revelado abertura para analisar as reivindicações que vinham sendo feitas relativamente ao horário de funcionamento dos centros interpretativos.
“Tínhamos a informação de que todos os centros de interpretação fechavam nos mesmos dias e que coincidiam também com os dias em que os museus fecham e isso reduzia, de forma brutal, a oferta de espaços de visitação”, recordou o empresário, adiantando que, neste momento, “há abertura” do executivo, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, “para rever essa situação”.
A Associação de Turismo Sustentável do Faial, juntamente com as câmaras do comércio e indústria de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, a associação comercial e industrial do Pico e as associações de guias de informação turística dos Açores, emitiram um comunicado, em maio, a contestar a redução do horário de funcionamentos dos centros interpretativos dos Açores.
Segundo Pedro Rosa, outra das reivindicações passava por incluir os meses de abril e de outubro na chamada “época alta”, no horário de funcionamento destes centros, para que possam estar abertos durante um período mais longo, para dar resposta à maior procura turística nesses dois meses.
“Nós fomos, de facto, sensíveis a algumas das preocupações e iremos desenvolver os esforços necessários no sentido de, por exemplo, incluir os meses de abril e outubro no período de época alta, garantindo a abertura dos centros de interpretação em todos os dias da semana”, adiantou o secretário regional do Ambiente e Alterações Climáticas.
Os 36 centros interpretativos e de visitação dos Açores são espaços de receção e informação, destinados aos turistas que visitam o arquipélago, mas também aos residentes, divulgando a história e as características das zonas de maior procura turística nas nove ilhas da região.