Autor: Lusa/Ao online
Em declarações à agência Lusa, o presidente da CVP, Francisco George, justificou a escolha de Gaia, no distrito do Porto, para receber o equipamento de auxílio a pessoas com demência por "estar no centro do Norte" e por a Cruz Vermelha estar muito envolvida "em apoiar as delegações fora de Lisboa".
"A zona Norte tem uma densidade populacional muito elevada e carece deste tipo de equipamentos", acrescentou o responsável, referindo que a inauguração naquela data, Dia Internacional da Mulher, é uma forma de "homenagear todas as mulheres envolvidas".
Em conferência de imprensa, o responsável da CVP informou tratar-se de "uma estrutura de saúde única na Península Ibérica", assentando em "quatro grandes eixos de ação, prevenção, intervenção, formação e investigação".
"Em Portugal há 300 mil pessoas com 85 anos ou mais", revelou Francisco George enfatizando que "40% delas têm uma demência".
O complexo, que está em fase final de acabamento, vai estar "preparado para receber 60 pessoas".
Assim que abrir portas, o complexo "dará emprego a 42 colaboradores, mas após a sua consolidação, no verão, serão 70 os funcionários", assegurou o presidente da CVP.
Além de uma unidade residencial, o projeto prevê apoio domiciliário especializado e terá uma casa-modelo "adaptada às necessidades da pessoa com demência", permitindo-lhe "readquirir hábitos diferentes perante as limitações identificadas".
Destacando a importância das parcerias com as fundações Champalimaud e Rainha Sofia, esta de Espanha, o antigo diretor-geral da Saúde explicou que o complexo agora anunciado ficará no edifício que serviu de escritórios do engenheiro Edgar Cardoso e que agora cedido à CVP pelas Infraestruturas de Portugal.
As pessoas ou famílias que pretendam beneficiar do Complexo de Neurointervenção podem desde já efetuar candidaturas.