Açoriano Oriental
“Festa. Fúria. Femina” no Arquipélago para celebrar a “riqueza” da arte contemporânea

A exposição “Festa. Fúria. Femina”, inaugurada no Centro Arquipélago, nos Açores, é composta por obras da FLAD e celebra a “riqueza” da arte contemporânea em Portugal e a importância das mulheres nessa história.

“Festa. Fúria. Femina” no Arquipélago para celebrar a “riqueza” da arte contemporânea

Autor: Lusa/AO Online

Os curadores, Sandra Vieira Jürgens e António Pinto Ribeiro, realçaram que a exposição procura valorizar a coleção de arte da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

Considerando que a coleção “estava um pouco esquecida”, Jürgens enalteceu o “trabalho de renovação e ativação da imagem” do acervo da FLAD (iniciado em 1986 por Manuel Castro Caldas).

“[Quisemos] mostrar essa diversidade de obras, a sua riqueza e pluralidade. Estão aqui muitos nomes da arte, desde a primeira obra, que é dos anos 1940, até à atualidade. Nesse sentido quisemos mostrar essa ideia de como é que a arte pode estar tão presente no nosso dia-a-dia”, afirmou.

Com 146 obras de 66 autores de várias gerações, estão presentes na exposição artistas como Paula Rego, Júlio Pomar, Julião Sarmento, Helena Almeida, Rui Chafes, Gaëtan, Manuel Lagarto, Bárbara Assis Pacheco, Pedro Cabrita Reis, Susanne Themlitz, Pedro Portugal ou Michael Biberstein.

“A exposição permite ter um conhecimento muito bom sobre o estado da arte em Portugal”, considerou Sandra Vieira Jürgens.

A curadora destacou ainda a presença das mulheres na exposição, uma forma de “tornar o discurso, o trabalho e o projeto artístico” feminino “mais presente na arte” em Portugal.

Ao longo das salas do Arquipélago e através de desenhos, pinturas, fotografias e esculturas, são evocados temas como o colonialismo, o corpo, a sexualidade, a natureza, a mulher e a própria criação artística.

António Pinto Ribeiro disse que o “mais difícil” no trabalho de curadoria foi selecionar as obras da exposição, uma vez que a coleção da FLAD é composta por 1.027 peças.

“Foi um trabalho laborioso, de muitos meses, para chegar a um equilíbrio na participação tanto quanto possível, paritária de artistas e não só por serem artistas mulheres ou homens”, assinalou.

E acrescentou: “a história da arte é uma história de enigmas. Mesmo quando é pintura figurativa ou realista, há uma dimensão enigmática”.

Associado à exposição, o Arquipélago vai organizar visitas guiadas e “visitas-oficina” para alunos de todos os ciclos de ensino de São Miguel, formações de desenho com artistas da coleção, aulas abertas com os curadores e uma escola de verão para alunos do ensino secundário e ensino superior.

“Um museu vive disso. Um museu não vive só de obras e dos artistas. Há todo um núcleo de profissionais para que as exposições possam ser desenvolvidas e levadas da melhor forma a diversos públicos”, advogou Jürgens.


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