Autor: Lusa/AO Online
“É uma devolução direta por clube, uma forma de lhes mostrarmos o nosso apoio e solidariedade. Estão a enfrentar uma fase complicada em resultado da redução de fontes de financiamento”, justificou o presidente, Vítor Félix.
Os clubes de canoagem, que receberam a boa nova por videoconferência com mais de 80 participantes, “deixaram de cobrar as mensalidades, mas continuam a ter despesas para cumprir, como é o caso do pagamento aos funcionários”, pelo que esta é uma forma da federação “ajudar”.
“Antes de tomarmos esta decisão, fizemos uma análise de custos. A entrega de subsídios aos nossos clubes não afeta a liquidez da FPC. A sustentabilidade está garantida, pois há muitas atividades que não vão ser desenvolvidas até junho”, informou Vítor Félix, aos que manifestaram “preocupação” pela solidez financeira da federação.
Em termos desportivos, a federação deseja “realizar, no mínimo, uma prova por disciplina”, contudo, essa “perspetiva otimista depende sempre das decisões da Direção-Geral da Saúde e do Governo”.
“Numa perspetiva mais otimista, apontamos a possibilidade de retomar o calendário competitivo em meados de julho de 2020”, admitiu o dirigente.
A canoagem, com duas especialidades olímpicas, regatas em linha e slalom, é a modalidade em Portugal com mais apurados para Tóquio2020, nomeadamente seis na pista (Fernando Pimenta, Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista, David Varela e Teresa Portela) e Antoine Launay no slalom.
Até julho, aquela federação teve de suspender 13 provas de campeonatos nacionais, 13 de âmbito regional, três taças de Portugal e três outras provas de interesse, sendo que “será impossível cumprir, recuperar e organizar todos estes eventos, sendo necessário cancelar em definitivo algumas competições”.
Todos os campeonatos regionais foram suspensos, porém, as Primeiras Pagaiadas mantêm-se, “por forma a não comprometer a fixação de novos atletas”.
“Queremos estar um passo à frente. Nesta reunião, quisemos ouvir também os clubes, porque percebemos que havia alguma ansiedade. Quisemos tranquilizá-los”, concluiu Vítor Félix.