Açoriano Oriental
Empresas portuguesas participam na construção do foguetão europeu Ariane 6

As empresas portuguesas Metalovimaq e Solintep anunciaram hoje que foram selecionadas para integrar o consórcio responsável pela construção do foguetão Ariane 6, que em 2020 deverá substituir o atual Ariane 5.


Autor: Lusa/AO online


Com sede em Torres Vedras, distrito de Lisboa, as duas empresas assinaram, em agosto deste ano, contrato com a Latecoere Services, empresa que o consórcio europeu Arianespace escolheu para realizar a montagem do foguetão Ariane 6, de 5,4 metros de diâmetro, 63 metros de altura e um peso de 800 toneladas.

As duas empresas vão construir as plataformas de acesso para a pré-montagem do foguetão, em França, e para a montagem, prevista para começar a partir do verão de 2018 na Guiana Francesa, na América do Sul, explicou o administrador Hélder Reis à agência Lusa.

"O projeto já está em fase de execução, o fabrico vai começar em dezembro ou janeiro e a montagem final está prevista para o início de 2018", onde uma equipa vai assistir à montagem definitiva do Ariane 6, adiantou.

"Uma das maiores complexidades é o planeamento, porque o projeto é enorme e é a primeira vez que desenhamos uma plataforma do género, os prazos são curtos e a plataforma não pode ter eletricidade estática em qualquer uma das suas zonas, pelo que estamos a encontrar soluções para essas especificidades técnicas", explicou à Lusa Fabien Gerárd, engenheiro aeronáutico da Solintep.

Orçada em quase um milhão de euros, a encomenda vai ocupar 30% da capacidade produtiva das empresas e é a maior que contratualizaram desde que começaram a laborar.

Além da estrutura de acesso ao foguetão, as empresas vão desenvolver a "torre orbital, que percorre o foguetão em todo o seu comprimento e que leva os operadores a qualquer zona do foguetão".

Trata-se do primeiro trabalho para a indústria aeroespacial que ambas as empresas desenvolvem.

A conceção do projeto está a cargo da Solintep, criada em 2012, com 10 postos de trabalho qualificados e com um volume de negócios anual de 700 mil euros.

A execução do trabalho é da responsabilidade da Metalovimaq, criada em 2006, que emprega 82 trabalhadores e fatura por ano 6,1 milhões de euros.

A Metalovimaq dedica-se à construção de estruturas metálicas para a indústria aeronáutica e exporta 90% da sua produção para países como França, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Canadá, e de África

Entre os principais clientes estão a Airbus e companhias aéreas comerciais, como etíope Ehtiopian Airlines ou a australiana Qantas.

Por ser mais flexível e mais pequeno, o Ariane 6 é o foguetão da nova geração que a Agência Espacial Europeia (ESA) está a desenvolver para substituir o Ariane 5 nas missões espaciais.

O Ariane 6 está projetado para apoiar doze lançamentos anuais a partir de 2020.


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