Açoriano Oriental
Hóquei/Europeu
Empate complica ambições de Portugal e Itália

Portugal e a Itália empataram hoje 4-4 e ficaram mais longe da final do Campeonato da Europa de hóquei em patins, após a terceira jornada da competição, a decorrer no Pavilhão Multiusos de Paredes.

Empate complica ambições de Portugal e Itália

Autor: Lusa/AO Online

Num jogo em que só a vitória interessava às duas equipas, a Itália esteve quase sempre na frente do marcador, graças aos golos de Verona (02 e 28 minutos), Ambrosio (35) e Illuzzi (40), mas Portugal nunca se rendeu e logrou empatar, com tentos de João Rodrigues (23), Hélder Nunes (29) e Gonçalo Alves, que ‘bisou’ (32 e 47).

A duas jornadas do fim (da primeira fase), a Espanha, que hoje goleou a Alemanha (11-2), assumiu a liderança, com os mesmos sete pontos da França, que parecia ter caminho livre para a final, mas não foi além de um surpreendente empate diante de Andorra (5-5). Portugal é terceiro, com quatro, à frente da Alemanha (três pontos), Itália (dois) e Andorra (com um).

Portugal voltou a ter uma entrada em falso, contrariando a correção prometida pelo selecionador após o desaire diante da França, na véspera, possibilitando que a Itália ganhasse vantagem muito cedo no jogo, numa combinação entre Cocco, que simulou o remate de longe, e a emenda de Verona.

A Itália era mais rápida na reação e podia ter aproveitado o desacerto inicial do combinado luso, sempre com muita vontade, mas pouco perigoso a atacar, num remate ao ‘ferro’ da baliza de Girão, aos 10 minutos.

Este lance antecedeu a reação (progressiva) de Portugal, sobretudo a partir da colocação de Gonçalo Alves numa posição mais recuada, para avançar embalado tirando partido da sua qualidade técnica, mas seria o aniversariante Diogo Rafael (fez hoje 32 anos), aos 19 minutos, quem primeiro ficou perto do golo, após receber a bola solta na esquerda. 

Portugal tinha mais iniciativa e voltou a ameaçar o empate por João Rodrigues, perdulário em duas ocasiões, mas eficaz à terceira, após uma troca de bola envolvendo Gonçalo Alves e ‘Rafa’, autor da assistência para o golo do ‘capitão’ português.

Girão, na baliza, segurava as investidas italianas, cada vez menos frequentes e perigosas, descansando os colegas, que, nos instantes finais do primeiro tempo, quase conseguiam a reviravolta, por Henrique Magalhães.

A segunda parte começou com Portugal a repetir erros defensivos, bem aproveitados pela Itália para se recolocar na frente do marcador, por Verona, novamente assistido por Cocco, aos 28 minutos, já depois de uma perdida incrível de Gavioli.

A aparente sina lusa obrigava a equipa novamente a correr atrás da desvantagem, numa missão que se revelaria bem-sucedida, porque, no minuto seguinte, Hélder Nunes voltou a empatar e Gonçalo Alves, pouco depois, conseguia, finalmente, a reviravolta, após jogada individual.

No banco pedia-se tranquilidade, mas, mais uma vez, falhou mais atenção defensiva, permitindo que a Itália voltasse para a frente do resultado, no espaço de cinco minutos, com tentos de Federico Ambrosio e Domenico Illuzi, este de penálti.

Portugal carregou e Gonçalo Alves podia ter resgatado o empate, aos 41 minutos, mas desperdiçou um livre direto, redimindo-se a três minutos do fim, de penálti, castigando uma Itália que pelo meio dispôs de três claras situações de golo para resolver o encontro.

No último minuto, Hélder Nunes podia ter dado a vitória a Portugal, ao surgir duas vezes isolado, mas Riccardo Gnata levou a melhor, segurando um empate que serve pouco às ambições das duas equipas.


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