Açoriano Oriental
Croácia feliz aproveita ineficácia de Lukaku para afastar Bélgica

Quatro ocasiões flagrantes falhadas por Romelu Lukaku na última meia hora favoreceram hoje um ‘nulo’ entre Croácia e Bélgica (0-0), na terceira ronda do Grupo F do Mundial2022 de futebol, que só serviu aos vice-campeões.

Croácia feliz aproveita ineficácia de Lukaku para afastar Bélgica

Autor: Lusa /AO Online

No Estádio Ahmad Bin Ali, em Al Rayyan, no Qatar, os balcânicos foram jogando com o empate, mas encheram-se de fortuna à custa do avançado do Inter Milão, que ‘saltou’ do banco ao intervalo para desperdiçar o golo que colocava os belgas nos oitavos de final.

Romelu Lukaku chegou limitado fisicamente e sem ritmo ao Mundial2022, refletindo um percurso dececionante dos ‘diabos vermelhos’, que já não ‘caíam’ na primeira fase há 24 anos e tinham alcançado o pódio em 2018, na sua melhor prestação em 14 fases finais.

Desavenças internas, acusações públicas e pouco futebol ‘mancharam’ a última chance para diversos protagonistas da apelidada ‘geração de ouro’ belga, que permitiram o terceiro acesso à fase a eliminar dos croatas, opositores do líder do Grupo E, na segunda-feira.

A Croácia finalizou a ‘poule’ F na segunda posição, com cinco pontos, contra quatro da Bélgica, terceira, e sete de Marrocos, que se isolou no topo ao derrotar à mesma hora o lanterna-vermelha Canadá (2-1), incapaz de pontuar após 36 anos distante do Mundial.

Amparada nos mesmos titulares da goleada sobre os canadianos (4-1), a ‘vatreni’ entrou acutilante e a ameaçar o golo por Ivan Perisić logo aos 10 segundos, instantes antes de ter sido desalojada da liderança, devido à vantagem precoce dos marroquinos em Doha.

Os ‘diabos vermelhos’ ficavam cada vez mais necessitados de vencer e prescindiram do quinteto defensivo inicialmente apresentado, ao baixarem nos flancos Thomas Meunier e Timothy Castagne, com Leander Dendoncker a juntar-se ao ex-benfiquista Axel Witsel no meio-campo, de modo a que Kevin De Bruyne ganhasse desenvoltura no apoio ao ataque.

Essa mudança tática de Roberto Martínez fez ressaltar duas das quatro novidades face à derrota ante Marrocos (0-2), com Yannick Carrasco a ser bloqueado por Josip Juranović, aos 11 minutos, e Dries Mertens, isolado pelo ‘capitão’ De Bruyne, a rematar alto, aos 13.

A Bélgica ‘tremeu’, porém, aos 18 minutos, quando o videoárbitro (VAR) detetou um fora de jogo milimétrico de Dejan Lovren para reverter um penálti de Carrasco sobre Andrej Kramarić, escasseando em imprevisibilidade para articular setores e avançar no terreno.

Indiferente ao segundo golo de Marrocos, que seria ripostado pelo Canadá a caminho do intervalo, a Croácia exercia uma gestão confortável do jogo, que subiria de emotividade a seguir às tentativas inofensivas de Marko Livaja, aos 33 minutos, e Juranović, aos 45+4.

Os guarda-redes apenas foram testados no reatamento, com Dominik Livaković a travar um golpe do recém-entrado Romelu Lukaku (49 minutos), enquanto Thibault Courtois foi detendo remates de Mateo Kovacić (50), Marcelo Brozović (54) e Luka Modrić (54 e 68).

Lukaku voltaria a desperdiçar em dose dupla, ao alvejar o poste sem qualquer oposição, na sequência de um ‘disparo’ de Carrasco contra Juranović (60), e cabecear por cima de baliza aberta, após Lovren ter fletido um centro na esquerda do ‘capitão’ De Bruyne (62).

Uma metade inicial de risco mínimo dava lugar a uma segunda etapa movimentada, em que Roberto Martínez chamou pelos irmãos Eden e Thorgan Hazard, Youri Tielemans e Jérémy Doku, lançando-se com mais coração do que racionalidade em busca da vitória.

O conjunto de Zlatko Dalić recuou e acabou por ser bafejado pela ineficácia de Lukaku, que, outra vez sem oposição na pequena área, desviou a assistência de Meunier ao lado (87 minutos) e finalizou com o peito um centro de Thorgan Hazard (90), sem evitar que a Bélgica se unisse a País de Gales e Dinamarca entre as seleções europeias afastadas.


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