Autor: Lusa/AO Online
“A prioridade dos clubes tem de ser acabar o campeonato com o seu atual plantel para manter a integridade da competição. Mas sabemos que não é fácil, porque o jogador pode não querer arriscar uma lesão ou o seu novo clube pode querer tê-lo nessa altura”, disse o advogado brasileiro, que recomenda o diálogo entre as partes.
A este propósito, o especialista, que assessora tanto jogadores como clubes, recorda que “a FIFA não diz que os contratos devem ser automaticamente prorrogados, ela deseja que essa extensão possa ser conseguida pela integridade da competição, que as provas terminem com os atletas que estavam comprometidos no início da época”.
“Sem um acordo, vai ser muito difícil obrigar um jogador a permanecer, se não quer estar num clube”, sentenciou.
O causídico entende que a circular emitida pela FIFA a propósito dos efeitos da pandemia na competição e nos contratos dos futebolistas deve ser entendida “como uma proposta, não como uma obrigação”
Daniel Cravo concorda com o organismo quando diz que o futebol vive uma situação de “força maior”, algo “muito relevante” e que “no futuro vai ser utilizado por qualquer das partes em possíveis litígios derivados deste cenário”.
Defendeu ainda “acordos coletivos com base legal” no que toca às reduções de salários dos futebolistas em vários clubes.