Autor: Lusa/AO Online
"Não podemos admitir que se aplique esta injustiça na região", sublinhou João Decq Mota, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e regiões autónomas, ligado à CGTP-IN, em conferência de imprensa, na Horta.
Segundo aquele dirigente sindical, a anunciada intenção do Governo da República de aumentar o salário mínimo nacional para os 635 euros mensais beneficiaria apenas 70 mil trabalhadores da Função Pública, deixando de fora milhares de trabalhadores do privado, que continuam a auferir 600 euros mensais.
"É inadmissível que cerca de 600 mil trabalhadores continuem, com este estratagema do Governo, sem aumento salarial desde há dez anos, quando está a subir o custo de vida e se mantém a brutal carga fiscal do IRS sobre os trabalhadores", frisou João Decq Mota.
O dirigente sindical recordou ainda que a CGTP-IN propôs que o aumento do salário mínimo nacional chegasse aos 650 euros "para todos os trabalhadores", de forma a que houvesse "justiça" na reposição do poder de compra na Função Pública e no setor privado.
"Assim, haveria justiça, aumento salarial e reposição do poder de compra para todos os trabalhadores", insistiu João Decq Mota.
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas congratula-se, por outro lado, com a "grande vitória" alcançada durante a votação das propostas de Plano e Orçamento do Governo dos Açores para 2019, em especial do aumento da remuneração complementar em 12%, já a partir de 1 de janeiro.
"Trata-se de um aumento que, em virtude da nossa intervenção, teve em conta o período entre 2012 e 2018 em que não houve aumento da remuneração complementar e que obrigou o Governo Regional a ter em conta as nossas realistas e justas propostas", afirmou.