Autor: Lusa/AO Online
O diretor-geral desta agência, Rafael Grossi, manifestou a sua “preocupação com a interrupção repentina destes fluxos de dados para a sede da AIEA em Viena”.
Em comunicado, a agência explicou que desconhece o motivo para esta interrupção.
Em ambas as instalações, há uma grande quantidade de material nuclear na forma de combustível nuclear, além de outros tipos de materiais atómicos, noticia a agência EFE.
A AIEA continua a receber dados remotamente de outras instalações nucleares ucranianas, incluindo as três centrais localizadas no ocidente do país, onde até agora quase não houve ataques por parte da Rússia.
"Estes sistemas estão instalados em vários locais da Ucrânia, incluindo todas as centrais nucleares, e permitem-nos monitorizar materiais e atividades nucleares quando os nossos inspetores não estão presentes", referiu Grossi, citado no comunicado.
Embora os dados possam ser guardados localmente, a capacidade de armazenamento ou o estado operacional dos sistemas de vigilância, permanecem incertos até agora, acrescentou.
Quanto à situação das centrais nucleares operacionais, o regulador nuclear da Ucrânia revelou à AIEA que oito dos 15 reatores do país ainda estão a operar, incluindo dois dos seis em Zaporozhye, sendo que todos estão com níveis normais de radiação.
Zaporozhye é a maior central nuclear da Europa e na semana passada foi alvo de ataques pelas forças russas, que controlam agora a instalação.
O
regulador nuclear ucraniano informou também a AIEA que o transformador
da unidade 6 em Zaporozhye está fora de serviço para reparações
urgentes, após terem sido detetados danos no seu sistema de
refrigeração, como resultado de combates militares na central.