Autor: Lusa/AO Online
“Este não é o tempo para hesitações. Este é o tempo em que a urgência das respostas eficazes tem de prevalecer sobre as ideologias e as disputas partidárias. Este é o tempo de todos os partidos com assento na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores assumirem uma postura verdadeiramente construtiva para a definição de políticas que apoiem a ação do Governo Regional”, defendeu Catarina Cabeceiras.
A líder parlamentar centrista falava, em sessão plenária do parlamento açoriano, que reúne em formato virtual, depois de esta terça-feira ter sido debatida e aprovada, com caráter de urgência, a proposta do CDS-PP de recomendar ao Governo Regional a aquisição de 250 mil testes rápidos de despiste à Covid-19.
O caráter de urgência desta proposta teve os votos contra do PS, mas mereceu o voto favorável dos restantes partidos, tendo sido aprovada por maioria.
Durante a anterior legislatura, lembra a deputada, o partido sugeriu várias medidas de combate à pandemia e aos seus efeitos económicos, como dar prioridade no rastreio aos utentes de lares de idosos ou estender os apoios existentes a trabalhadores independentes no primeiro ano de atividade e a gerentes e sócios-gerentes de microempresas.
“Hoje, os Açores têm um parlamento com uma composição diferente. Dessa composição parlamentar emergiu um novo Governo. No entanto, a necessidade de uma postura construtiva para com o Governo Regional é a mesma porque este grande desafio, que implica a união de todos nós, ainda não foi superado”, afirmou.
Nesse sentido, Catarina Cabeceiras apelou “aos deputados de todos os partidos” que, “neste ano de 2021”, deem “resposta a uma situação de emergência como a que atravessamos” com “grande sentido cívico”.
PSD e PPM, partidos que integram, juntamente com o CDS, o Governo dos Açores, corroboraram a mensagem deixada por Catarina Cabeceiras, enquanto o Chega, pelo deputado José Pacheco, pediu atenção particular ao setor da cultura, que tem de se "reinventar" no atual contexto pandémico.