Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado, os centristas, que integram o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), lamentam que o PS/Açores “esteja resumido neste momento a uma participação errática no panorama politico açoriano”.
“Seria bom para a política açoriana que o PS se pautasse por uma postura de seriedade e de esclarecimento ao invés de criar ruído e desinformação”, lê-se na nota de imprensa.
Em causa estão as críticas dos socialistas, que hoje visaram o presidente do Governo Regional e do Conselho Económico e Social (CESA) por não terem atuado para “corrigir o que se impunha corrigir” no processo das Agendas Mobilizadoras.
Para o CDS-PP/Açores, a atuação do PS “resume-se se a atacar instituições independentes” como o CESA e a retirar conclusões “absolutamente infundadas” sobre o trabalho da comissão de inquérito à operacionalização das Agendas Mobilizadoras.
“O PS não pode dizer algo e o seu contrário, não pode dizer que a ação do Governo Regional iria beneficiar algumas empresas açorianas e no parágrafo seguinte dizer que a interrupção do processo prejudicou afinal as empresas açorianas”, criticam os centristas.
Hoje, o PS condenou a “total ausência de critérios objetivos, transparentes e imparciais” para a seleção das empresas participantes nas Agendas Mobilizadoras, dando nota da existência de mensagens entre o Governo dos Açores e um grupo "restrito" de empresários.
A comissão de inquérito à Operacionalização das Agendas Mobilizadoras do PRR nos Açores terminou na segunda-feira sem relatório, após a proposta do relator (PS) e as alterações sugeridas pela coligação PSD/CDS-PP/PPM terem sido reprovadas.
Em causa estava uma alegada verba inicial de 117 milhões de euros, financiada pelo PRR, destinada a projetos de inovação, turismo e agroindústria, a que poderiam candidatar-se as empresas açorianas que apresentassem projetos em consórcio.