Autor: Lusa/AO Online
Murkowski,
que está desde o final de 2002 no Senado tendo 'herdado' o lugar do seu
pai, Frank Murkowski, votou pela condenação de Trump no seu segundo
julgamento de 'impeachment', após a insurreição de 06 de janeiro de
2021. Na terça-feira, a congressista Liz
Cheney, que também apoiou a destituição de Trump, perdeu as primárias
republicanas no estado de Wyoming e a possibilidade de ser reeleita nas
eleições intercalares de novembro. De
acordo com os dados provisórios de votação das primárias no Alasca
publicados pelo Washington Post, Murkowski lidera com 43%, pouco à
frente de Tshibaka (41%), estando apurados dois terços dos votos. Pela
primeira vez nas eleições do Alasca, os quatro mais votados nas
primárias, independentemente da filiação partidária, devem avançar para a
eleição geral. A passagem à eleição geral
de Murkowski e Tshibaka está assegurada, mantendo-se em aberto as duas
outras posições, disputadas por candidatos democratas e republicanos. Quer Murkowski, quer Tshibaka, mostraram-se satisfeitas com os resultados provisórios. Ao início do dia, Murkowski disse à imprensa local que “o que importa é vencer em novembro”, nas eleições gerais. Tshibaka
considerou os resultados “o primeiro passo para romper o controlo da
monarquia Murkowski no Alasca” e agradeceu “o apoio forte e inabalável
que o presidente Trump deu ao Alasca”. Num comício no mês passado em Anchorage, Alasca, Trump atacou Murkowski, que apelidou de "péssima". Por
seu lado, Murkowski acusou a rival de não ter mais nada a apresentar
para além do apoio de Trump, afirmando que tal faria do lugar de senador
pelo Alasca um instrumento da política do ex-presidente. Nas
primárias para a Câmara dos Representantes, a democrata Mary Peltola,
Sarah Palin e o republicano Nick Begich avançaram para a eleição de
novembro, estando em aberto o quarto lugar. Se for bem sucedida, Peltola tornar-se-á a primeira mulher indígena do Alasca eleita para a Câmara dos Representantes. Na
corrida para governador do Alasca, o governador republicano Mike
Dunleavy avançou, assim como o ex-governador Bill Walker, um
independente, e o democrata Les Gara. O
resultado desta terça-feira mostra que o ex-Presidente, cuja candidatura
às eleições presidenciais de 2024 parece provável, continua a ter
grande apoio entre a base do Partido Republicano, como já havia sido
indicado nas primárias de vários outros estados como Ohio, Pensilvânia,
Arizona e Michigan. A derrota de Cheney
na terça-feira não passou em branco para Donald Trump, que usou a sua
rede social - Truth Social - para comemorar os resultados eleitorais. “Liz
Cheney deveria ter vergonha de si mesma, da maneira como agiu e das
suas palavras e ações maldosas e hipócritas em relação aos outros”,
escreveu Trump. “Agora ela pode finalmente
desaparecer nas profundezas do esquecimento político onde, tenho
certeza, ela será muito mais feliz do que é agora. Obrigado Wyoming!",
acrescentou.