Açoriano Oriental
Câmara de Santa Cruz das Flores apresenta Orçamento “pequeno mas realista”

A Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores tem um Orçamento para este ano de cerca de 3,6 milhões de euros, que, segundo o presidente do município, José Carlos Mendes, “é pequeno, mas realista”.

Câmara de Santa Cruz das Flores apresenta Orçamento “pequeno mas realista”

Autor: Lusa/AO online

“Estes documentos vão dar-nos a possibilidade de continuarmos a investir em áreas importantes, como sejam o turismo, a reabilitação urbana, o património, a rede viária e o abastecimento de água”, explicou o autarca socialista, referindo-se ao Plano e Orçamento aprovados no final de 2019 em reunião de Câmara e da Assembleia Municipal, apenas com os votos favoráveis do PS.

José Carlos Mendes lembra que o município tem candidaturas a fundos comunitários de quase dois milhões de euros, mas que não estão contempladas no Plano de Investimentos para 2020, que não vai além de 1,5 milhões de euros, verbas que serão aplicados em várias obras.

“Este Plano vai permitir terminar obras importantes, como são a reabilitação do edifício do antigo tribunal e a incubadora de empresas, também vamos ter a possibilidade de iniciar obras novas, como sejam a reabilitação urbanística e a construção de uma zona balnear na freguesia de Ponta Delgada”, adiantou o autarca.

O presidente da Câmara de Santa Cruz, concelho onde residem menos de 2.300 pessoas, explica que alguns dos investimentos previstos para o novo ano, visam também apoiar os munícipes.

“Também vamos poder continuar a apoiar setores sociais muito importantes, como os nossos estudantes do ensino profissional e superior, com bolsas de estudo, a aquisição de medicamentos para idosos, e manter a taxas de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), nos mínimos permitidos por lei”, frisou.

A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.

Uma das iniciativas mais marcantes, no entender do autarca, é o apoio à natalidade, atribuído pelo município a todos os casais residentes no concelho que tenham filhos, no valor de 75 euros por mês, durante três anos.

“Posso dizer-lhe que iniciámos este processo em 2014 com 11 bebés e atualmente já somos 84”, salientou José Carlos Mendes.

O PSD, um dos dois partidos da oposição na Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, absteve-se na votação do Plano e Orçamento na Câmara, mas votou contra na Assembleia Municipal.

O vereador social-democrata, William Braga, defendeu que o sentido de voto do seu partido não tem de ser, necessariamente igual em ambos os órgãos.

“O PSD é um partido aberto, sobretudo aqui no concelho. Cada pessoa pensa pela sua cabeça e há uma pluralidade de opiniões. No caso do Plano para 2020, entendi que não estava 100% de acordo com a nossa intenção, mas também não estava totalmente o oposto, por isso, é que decidi abster-me”, explicou William Braga.


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