Açoriano Oriental
Itália/Crise
Calenda e Renzi anunciam acordo de bloco centrista para eleições

O ex-ministro da indústria Carlo Calenda e o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi confirmaram o acordo para unir os partidos centristas italianos Azione e Italia Viva (IV), que lideram, num "terceiro bloco” político para as eleições gerais de setembro.

Calenda e Renzi anunciam acordo de bloco centrista para eleições

Autor: Lusa/AO Online

"Hoje, pela primeira vez, nasceu uma alternativa séria e pragmática ao 'bi-populismo' da direita e da esquerda, que devastou este país e abandonou [o primeiro-ministro cessante, Mario] Draghi", disse Calenda.

"Agradeço a Matteo Renzi pela sua generosidade. Agora, o Italia Viva e o Azione estão juntos a sério pela Itália. Se confiarem neste terceiro bloco, tentaremos impedir a vitória da direita e da esquerda com base na agenda de Draghi", prometeu Calenda.

Renzi publicou um vídeo dele, mostrando atrás um jogador de futebol que marca um golo, dizendo que "as assistências também são úteis na política".

"Decidimos tentar, e no dia 25 de setembro também encontrará essa possibilidade: não se contente com o pior, eleja pessoas de qualidade para o parlamento", escreveu o antigo primeiro-ministro de centro-esquerda.

"Agora todos devem trabalhar para salvar a Itália dos nacionalistas e dos populistas, disse o líder do IV, que foi determinante para levar o antigo presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi a primeiro-ministro no início de 2021.

O chamado "terceiro bloco”, entre os blocos opositores de centro-direita, liderado pelo partido de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI), de Giorgia Meloni, e centro-esquerda, com o Partido Democrático (PD), de Enrico Letta à frente, está atualmente a rondar os 04 a 05 por cento de intenções de voto.

Calenda está contudo otimista em conseguir votos de outros partidos, nomeadamente do centro-direita Forza Italia (FI), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que tem um eleitorado um pouco semelhante, e confia na sua campanha e de Renzi para continuar a agenda reformista de Draghi.

O Governo de unidade nacional, ainda em funções, liderado pelo tecnocrata Mario Draghi, caiu quando perdeu o apoio de três dos partidos que o apoiavam - o M5S, o Força Itália e a Liga – num voto de confiança no parlamento, que desencadeou o pedido de demissão do primeiro-ministro, aceite a 20 de julho, e a antecipação das eleições para 25 de setembro.


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