Autor: AO Online/ Lusa
“No fundo, não sabemos [a causa das explosões]. No primeiro dia, como o Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump disse, corretamente, pensávamos que poderia ter sido um ataque”, afirmou Esper numa entrevista à cadeira de televisão Fox News.
“Alguns de nós especulamos com o que poderia ter acontecido, se um carregamento de armas do Hezbollah. Poderia o Hezbollah… Uma instalação onde se fabricavam armas? Quem sabe?” reconheceu o chefe do Pentágono.
Terça-feira, no dia da explosão, que o Governo libanês admite ter sido provocada pelas 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenados no porto de Beirute, Trump afirmou que se tratava de “algum tipo de bomba”, mas não avançou com provas.
“Reuni-me com alguns dos nossos grandes generais e eles percecionaram que foi [um ataque]. Isto não foi uma explosão industrial”, assegurou então o Presidente norte-americano.
Quarta-feira, Esper referiu que “a maioria” pensou que se tratava de um acidente, enquanto que, há dois dias, sexta-feira, o Presidente libanês, Michel Aoun, não pôs de lado qualquer hipótese.
“Há duas possibilidades para o que se passou: ou negligência ou intervenção exterior com um míssil ou com uma bomba”, afirmou então Aoun.
O acidente comoveu o Líbano, que ainda se pergunta como foi possível que 2.750 toneladas de nitrato de amónio, substância altamente explosiva, permaneceram num armazém durante seis meses sem que alguém fizesse alguma coisa.
Até hoje, as autoridades libanesas mandaram deter pelo menos duas dezenas de pessoas, entre elas os últimos diretores do porto de Beirute e da Alfândega local, numa altura em que as investigações estão em curso.