Autor: Lusa/AO online
Num requerimento entregue na mesa da Assembleia Legislativa Regional dos Açores é referido que a estrutura da ilha do Faial do Bloco “teve conhecimento de uma falha no apoio à deslocação de refugiados ucranianos para os Açores”.
Segundo o BE/Açores, “apesar de o Governo Regional e a autarquia da Horta terem sido contactadas, só o apoio financeiro de um cidadão faialense desbloqueou o transporte de uma família de refugiados de Lisboa para a Horta”.
No documento, o BE/Açores solicita que o Governo Regional "clarifique os procedimentos e os mecanismos em vigor para o apoio e acolhimento aos refugiados ucranianos” no arquipélago, considerando que “a comunicação por parte das entidades contactadas não tem sido clara, nem pronta, nem proativa na procura de soluções e na criação de condições para a receção destes refugiados”.
O Bloco quer ainda saber que “entidade, ou entidades, são responsáveis especificamente pelo apoio à deslocação de refugiados para a região, pelo apoio à habitação, pelo apoio na procura de emprego, pelo apoio à integração escolar, pelo apoio no ensino de português e pelo apoio psicológico”.
Aquela força política quer ainda apurar “qual é a entidade que centraliza estes processos e presta acompanhamento de proximidade a estas famílias”.
O BE/Açores defende “uma comunicação clara e uma efetiva distribuição e assunção de responsabilidades no apoio a estas populações”, salientando que são aspetos essenciais para “oferecer condições de acolhimento de forma pronta”, poupando os refugiados “ao aumento de incerteza, instabilidade e receios em relação ao futuro que a sua situação já acarreta”.
O Bloco apela também ao presidente da Câmara Municipal da Horta para “encetar todos os esforços no sentido de garantir uma resposta proativa e atempada de todas os casos de refugiados que entrem em contacto com a autarquia”.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.