Autor: Lusa/AO Online
“O BE solicita ao Governo Regional que faça um ponto de situação relativamente à obra de construção do porto das Lajes das Flores, relativamente à obra de construção do porto das Lajes das Flores”, lê-se numa num comunicado enviado às redações.
O partido, que tem dois deputados no parlamento açoriano, lembra que “já passaram mais de dois anos desde a passagem do furacão Lorenzo” pelos Açores e salienta que existem “dúvidas relativamente ao processo das obras” e quanto às “alterações introduzidas no projeto inicial”.
Sobre as alterações ao projeto inicial, o BE diz querer saber quais as “implicações” ao “nível da funcionalidade do porto e do custo da obra”, realçando que aquela infraestrutura é a “porta de entrada para o abastecimento” da ilha.
Os bloquistas pedem ainda informações sobre a fase em que se “encontra o projeto para a obra do molhe principal do porto comercial das Lajes das Flores e para quando se encontra previsto o lançamento do concurso”.
No requerimento, o partido pede também um “ponto de situação” sobre as obras no Porto das Poças, em Santa Cruz das Flores, que é “essencial às pescas e às empresas marítimo-turísticas que fazem a travessia entre Flores e Corvo e percursos de volta à ilha”, uma obra atrasada devido à passagem do Lorenzo.
A 15 de novembro de 2021, o presidente do município de Santa Cruz das Flores, José Carlos Mendes, revelou, após uma reunião com o governo açoriano, que a primeira fase das obras no Porto das Poças terminaria até setembro de 2022.
Também a 15 de novembro, a Portos dos Açores avançou que não seria possível concluir naquele mês a ponte-cais do porto das Lajes das Flores, ao contrário do que foi previamente anunciado pelo Governo Regional a 02 de outubro, remetendo a conclusão da obra para junho de 2022.
O furacão Lorenzo passou pelos Açores na madrugada de 01 para 02 de outubro de 2019, provocando 255 ocorrências, que obrigaram ao realojamento de 53 pessoas e somam um prejuízo de 330 milhões de euros.
Grande parte dos danos foi causada em infraestruturas portuárias em toda a região, que ascendem aos 250 milhões de euros de prejuízo.