Autor: Lusa/AO Online
No
aviso de greve publicado esta segunda-feira na imprensa, a Associação Sindical
Portuguesa de Enfermeiros explica que a paralisação abrange duas horas
no turno da manhã (09h30/11h30) e outras duas no turno da tarde
(16h30/18h30), de segunda a sexta-feira, com serviços mínimos
garantidos. Os enfermeiros pretendem que
sejam eliminadas as posições intermédias automaticamente criadas com o
decreto-lei de 2019, “corrigindo as inversões de posição relativa entre
enfermeiros”, e que o diploma legal relativo às carreiras, a negociar,
seja aplicável a todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde e a
todos os enfermeiros, independentemente do regime contratual. Pretendem
ainda que este diploma atualize a tabela remuneratória “em paridade e
equidade” com os restantes profissionais da saúde, “fixando o início da
carreira de enfermeiro no índice 21”, o da carreira de enfermeiro
especialista no índice 34 e o de enfermeiro gestor no 44. A
greve, por tempo indeterminado, servirá ainda para exigir que, na
transição para a nova tabela remuneratória, todos os enfermeiros
mantenham a posição detida na respetiva categoria e defender o mínimo de
35% de enfermeiros com a categoria de enfermeiro especialista,
“acabando com os limites inconstitucionais à progressão de carreiras”,
refere o aviso. Estão definidos serviços
mínimos para “necessidades sociais impreteríveis”, que incluem todos os
cuidados necessários em situações de urgência e os que sejam inadiáveis
por duas horas, a continuidade de tratamentos em curso, tais como
programas terapêuticos de quimioterapia e de radioterapia, administração
de sangue e derivados e antibioterapia.