Açoriano Oriental
Associação de Cegos pede regras para trotinetes em Ponta Delgada

A Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) defendeu regulamentação para a atividade de aluguer de trotinetes no concelho de Ponta Delgada, alertando que muitos veículos são "deixados ao abandono" após utilização, causando perigo para os peões

Associação de Cegos pede regras para trotinetes em Ponta Delgada

Autor: Lusa/AO Online

As bicicletas e trotinetes, introduzidas em 2024 no concelho de Ponta Delgada, estão parqueadas em vários locais designados ‘docas’, tendo sido dada prioridade à sua instalação em parques de estacionamento públicos, junto a estabelecimentos de ensino, zonas balneares e outros pontos de interesse do concelho que permitam a intermodalidade.

No entanto, a ACAPO aponta que alguns desses veículos são deixados "ao abandono" por alguns utilizadores nos passeios, nos locais de circulação dos peões e em espaços não sinalizado para o depósito.

Exemplo disso foi "um acidente ocorrido, a 24 de janeiro", na cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, com um associado da ACAPO com deficiência visual, que "tropeçou numa trotinete deixada ao abandono por um utilizador num passeio" e "num espaço não sinalizado para o depósito destes veículos", denuncia a associação em comunicado de imprensa.

"Fruto deste encontro com a trotineta, a pessoa caiu e, em consequência da queda, fraturou o pulso, existindo ainda a possibilidade de vir a ser operado", refere ainda a associação.

Para o coordenador operacional da delegação dos Açores da ACAPO, João Lourenço, “esta atividade recém-chegada à ilha precisa de ser regulamentada", à semelhança do que aconteceu em vários outros municípios do continente.

Estas "alternativas de mobilidade não podem ser um obstáculo a que todos possam circular livremente no espaço que é destinado às pessoas. No entanto, é nisso mesmo que se estão a tornar", lamenta a ACAPO.

A Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal sublinha que a cidade deve ser "um espaço de todos e para todos e a segurança deve estar garantida", principalmente quando se tratam de "cidadãos condicionados na sua mobilidade".

"Ninguém deve ter medo de sair à rua para a cidade que é de todos, temendo esbarrar em mais um obstáculo e ficar ferido, ou mesmo ser hospitalizado", refere.

A delegação dos Açores da ACAPO diz ainda estar disponível para reunir com a operadora de mobilidade e com a Câmara Municipal, para que "situações como estas não voltem a acontecer".


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