Autor: Sara Lima Sousa
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sob aviso amarelo as ilhas dos três grupos dos Açores devido à previsão de valores elevados da temperatura máxima entre, no mínimo, hoje e quinta-feira, conforme divulgado à comunicação social.
“Estamos a prever temperaturas máximas a rondar os 29 graus em todo o arquipélago. Pontualmente, poderá atingir os 30 graus nas zonas urbanas”, afirmou Carlos Ramalho, da Delegação Regional dos Açores do IPMA, em declarações à Rádio Açores TSF e ao jornal Açoriano Oriental.
O IPMA indicou em comunicado que o aviso relativo “à persistência de valores elevados da temperatura máxima” vigora entre as 12h00 de hoje, terça-feira, e as 11h00 de quinta-feira, dia 15, em todas as ilhas do arquipélago, nos grupos Oriental, Central e Ocidental.
“Vamos ter também temperaturas mínimas, durante a noite, a rondar os 22 e os 24 graus, que são temperaturas mínimas um pouco elevadas”, informou.
De acordo com Carlos Ramalho, prevê-se ainda o aumento da humidade relativa, pelo que se espera que isto provoque “uma forte sensação de calor”.
Está apenas previsto o aviso amarelo para a Região, no entanto, o que pode acontecer é que, em vez de apenas 48 horas de temperaturas elevadas, a situação se prolongue por mais “um ou dois dias” para além do período de tempo estipulado, revelou o dirigente regional do IPMA.
Ao mesmo
tempo, é importante sublinhar que, conforme explicado por Carlos
Ramalho, “na verdade, a temperatura não vai ser muito mais elevada” do
que aquela que temos tido nos últimos dias. “A questão é a persistência
destas temperaturas”, apontou.
O alerta dado tem a ver com a posição em que se encontra o Anticiclone dos Açores, que transporta uma massa sob o arquipélago, nomeadamente uma massa de “ar quente e humidade”, segundo as declarações.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala
de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para
determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Beber mais água e evitar exposição solar são conselhos a seguir
É importante reforçar o consumo de líquidos, essencialmente a ingestão de água, várias vezes ao dia, “ainda que não sintam sede”, destacou o clínico. Entre 1,5 e 3 litros é a quantidade aconselhada.
Entre as horas de maior calor, entre as 11h00 e as 16h00, deve evitar-se a exposição solar, o que implica permanecer em ambientes frescos e ventilados.
Se estiverem na rua, devem “procurar sombras, usar roupa leve, de cor clara, chapéus de abas largas e não esquecer protetor solar”, acrescentou.
Entre as situações mais frequentes que podem
acontecer são: desidratação, agravamento de doenças crónicas, em virtude
de uma descompensação do metabolismo, cãibras, esgotamento por calor
(sede intensa, maior transpiração, cansaço e dor de cabeça) e golpe de
calor (pele vermelha, tonturas e perda parcial/total de consciência).