Autor: Lusa/AO Online
“Foi feita a abordagem, mas não foi solicitado, em concreto, quantas [camas] precisam e para quando precisam”, adiantou o responsável pela tutela da Saúde nos Açores, Clélio Meneses, em declarações à Lusa, à margem de uma reunião com a direção da Casa de Saúde São Rafael, do Instituto de São João de Deus, em Angra do Heroísmo.
A Madeira recebeu, na passada sexta-feira, três doentes com Covid-19, transferidos dos cuidados intensivos de hospitais do continente, e o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, anunciou que a região iria receber outros três doentes de cuidados intensivos.
O secretário regional da Saúde dos Açores já tinha manifestado também, na passada quinta-feira, disponibilidade para acolher doentes com Covid-19, mediante a capacidade dos três hospitais da região.
Questionado sobre esse processo, Clélio Meneses admitiu que “tem havido contactos” com o Governo da República nesse sentido.
“Ainda hoje houve um contacto com a senhora ministra. Há um princípio de solidariedade da região para com o todo do território e, de acordo com as nossas disponibilidades, e quando isso for solicitado em concreto, decidiremos. Não podemos decidir à partida porque a evolução da pandemia é tão momentânea que não podemos decidir quantas camas estão disponíveis”, adiantou.
O número de camas a disponibilizar pelos Açores “dependerá das circunstâncias” e da evolução da pandemia na região, segundo o secretário regional da Saúde.
Clélio Meneses ressalvou que os Açores são “uma região com contingências especiais, com nove ilhas, onde em muitas delas nem sequer há internamento para este tipo de doença”, mas garantiu que o arquipélago colaborará “naquilo que lhe estiver ao alcance”.