Açoriano Oriental
“Vivências” reúne poemas escritos ao longo da vida de Aníbal Raposo

A coletânea de poesia “Vivências”, da autoria de Aníbal Raposos, tem a chancela da Letras Lavadas e é apresentada no dia 3 de fevereiro, sexta-feira, pelas 16h30 na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada

“Vivências” reúne poemas escritos ao longo da vida de Aníbal Raposo

Autor: Ana Carvalho Melo

“Vivências” é o título do mais recente livro de poesia de Aníbal Raposo, uma obra na qual reúne poemas escritos ao longo da sua vida.

“Sempre gostei de escrever poemas. Há uns anos atrás atrevi-me a lançar um primeiro livro de poesia intitulado “Voos da minha fajã”. Agora, com mais tempo disponível, decidi editar um novo livro, já com outro fôlego, que recolhe grande parte dos poemas que escrevi durante a minha vida”, conta o também músico e pintor.

Nesta obra que inicia como o poema: “No que ao manejar / Das palavras diz respeito, / Tenho o atrevimento / Do feiticeiro aprendiz. Não tenho escola, / Apenas sinto. / Depois, / Tento escrever como respiro.”, Aníbal Raposo explica que procurou agrupar os diversos poemas por temas, sem seguir qualquer ordem cronológica.

“No ‘Vivências’ procurei não seguir uma sequência cronológica. Agrupei a poesia por temas, tais como: Autorretrato, Lugares, Convicções, o eterno tema do Amor e outras situações da vida como Doença, a falta de saúde. No tema final, Ocaso, faço até algumas reflexões sobre o que penso sobre o fim da vida”, explicou.

“No livro escrevo com outra liberdade, entrando pelo verso livre, sem métrica, embora em toda a poesia que escrevo se perceba sempre um ritmo de fundo”, acrescentou.

E assim surge o segundo livro de poesia deste artista, que é uma reflexão sobre o percurso pessoal do autor, pelo que terá muitos pontos de contacto com as experiências dos leitores.

“Escrevo compulsivamente quase todos os dias, quer sejam poemas que são aproveitados para as minhas canções, ou não”, contou.

“Este livro é sobre aquilo que eu penso, sobre a minha forma de estar na vida, sobre como senti e vivi determinados acontecimentos marcantes. É um livro em que falo de mim, mas tenho a sensação que as pessoas vão rever-se na escrita porque ao fim ao cabo todos nós acabamos por passar por coisas muito semelhantes”, afirmou.

Como lembrou Aníbal Raposo na conversa com o Açoriano Oriental, a sua vida sempre se dividiu entre a profissão e a arte, tendo agora, que está aposentado, pela primeira vez a possibilidade de estar inteiramente dedicado à criação artística.

“O meu lado de gestor e técnico foi uma parte muito importante da minha vida. Costumo dizer que o gestor e o técnico sustentaram os sonhos do artista. Agora tenho mais tempo para me dedicar a outras coisas que também muito aprecio: a música, a escrita e a pintura”, contou.

E reflexo do seu gosto pela pintura é a capa deste novo livro, com uma pintura da sua autoria.

“A Paula Sousa Lima, que redigiu o prefácio do livro, e a minha mulher sugeriram que usasse uma pintura minha na capa do livro”, contou, explicando que, embora faça pintura figurativa, o estilo que mais aprecia é o abstrato.

“Vivências”, que tem a chancela da Letras Lavadas, é apresentado no dia 3 de fevereiro, sexta-feira, pelas 16h30 na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. A obra será apresentada por Aníbal Pires e ao longo da sessão de lançamento Sidónio Bettencourt e Eleonora Marinho Duarte irão declamar alguns dos poemas do livro e Aníbal Raposo apresentar algumas músicas da sua autoria.

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