Autor: Lusa/AO Online
“Condenámos e sancionámos sem reservas o governo russo face à flagrante violação da carta olímpica. Continuamos a apoiar atletas e membros da comunidade olímpica ucraniana, com toda a nossa solidariedade. Mas, em contraste com outras guerras e conflitos no mundo, em relação a esta guerra, alguns governos começaram a decidir quais os atletas que podiam participar e os que não podiam”, explicou.
O presidente do COI alertou assim para uma polarização e que se as coisas continuarem a caminhar nesse sentido será o desporto a fracassar.
“Se o desporto seguir este caminho, ser mais uma ferramenta para atingir objetivos políticos, o desporto internacional desmoronará. O desporto olímpico precisa de todos os atletas que aceitem as regras, mesmo, e, especialmente, se os seus países estiverem em confronto ou em guerra”, defendeu.
O dirigente salientou que é missão do COI “unir” e “não aprofundar divisões” e que por isso compete ao organismo ser “politicamente neutro”.
“Para permitir que os nossos futuros anfitriões recebam os melhores atletas de todo o mundo, independentemente de conflitos políticos. Apelo a vocês, líderes mundiais, para apoiarem a neutralidade política”, referiu Thomas Bach.
Desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro, a Rússia foi suspensa de várias competições internacionais, entre as quais o Mundial de futebol do Qatar, e vários países impuseram veto de participação a atletas russos nas competições por si organizadas.
O presidente do COI dirigiu-se a chefes de Estado e governantes das 19 maiores economias do mundo e aos líderes da União Europeia na cimeira do G20 que arrancou hoje na Ilha de Bali, na Indonésia.