Autor: Lusa/AO online
“Após os trágicos acontecimentos, ficou decidido que não temos outra opção senão cancelar todas as futuras provas em que Oscar Pistorius tinha decidido competir”, explicou Van Zyl, num comunicado publicado esta segunda-feira na imprensa sul-africana.
O representante do atleta visitou-o no sábado nas instalações policiais de Pretória, onde está prisão preventiva, à espera de comparecer na terça-feira perante um tribunal da capital sul-africana, no mesmo dia em que vão ser realizadas as cerimónias fúnebres de Steenkamp.
Van Zyl assegurou que o cancelamento dos compromissos desportivos do atleta “vai permitir a Oscar centrar-se nos próximos procedimentos judiciais”.
O agente do velocista, o primeiro amputado das duas pernas a correr em Jogos Olímpicos, afirmou que os patrocinadores de Pistorius mantêm, de momento, os seus contratos com o corredor, à espera que o veredicto judicial determine a sua culpa ou inocência.
O atleta, conhecido como “Blade Runner”, estava a preparar-se para os Mundiais de atletismo, que vão ser disputados em Moscovo, em agosto, e estava contratado para correr nos campeonatos da Austrália, Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, em março, abril e maio.
Pistorius, de 26 anos, foi detido no dia 14 de fevereiro por alegadamente ter assassinado a sua namorada Reeva Steenkamp, com quatro tiros, na sua casa em Pretória.
Um tribunal de Pretória decide na terça-feira se o liberta sob fiança, tal como pediu o seu advogado, ou mantém a medida de coação imposta após ter sido acusado de “homicídio premeditado”.
Hoje, o diário local sul-africano Beeld noticiou que Pistorius disparou por acidente uma pistola em janeiro, num restaurante em Joanesburgo, que esteve perto de atingir o pé de Kevin Lerena, pugilista e amigo comum de Pistorius e Steenkamp.
“Foi um susto enorme, porque a bala acertou no solo a poucos centímetros do meu pé, mas na realidade foi um acidente. A pistola pertencia a um dos amigos de Pistorius. Oscar só quis ver a arma, meteu-a nas calças abrindo o mecanismo de segurança. A arma disparou, não lhe chamaria de negligente, foi só um acidente e durante dias pediu desculpa”, disse Lerena, ao Beeld.
Entretanto, Bill Schroder, amigo de Pistorius e antigo diretor do liceu privado de Pretoria no qual o atleta estudou, afirmou, em entrevista publicada hoje, que o atleta estava sujeito “a uma pressão incrível”
“É preciso perguntarmo-nos o papel que a incrível pressão a que Oscar foi sujeito durante todo o tempo fez. Espero que tenha circunstâncias atenuantes, Espero que tenha sido um acidente e não uma morte a sangue frio. Mas uma coisa é certa, nada será como dantes. Um ícone caiu”, declarou Schroeder ao jornal The Star.
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