Autor: Lusa
Em comunicado, a Procuradoria-Geral Regional de Évora (PRGE) precisa que os três detidos, "com antecedentes ligados ao tráfico de droga", estão indiciados por tráfico internacional de estupefacientes agravado e associação criminosa.
A aplicação da medida de coação mais gravosa foi justificada pelo juiz de instrução criminal do Tribunal de Ponta Delgada, nos Açores, com o perigo de os arguidos fugirem, perturbarem o inquérito e continuarem a atividade criminosa.
Os suspeitos são dois dinamarqueses e um inglês, com idades compreendidas entre os 43 e os 51 anos.
A Polícia Judiciária anunciou, em 20 de junho, que tinha intercetado ao largo do grupo ocidental dos Açores, com o apoio da Marinha Portuguesa, um veleiro "com cerca de 11 metros" que transportava "cerca de 1.660 quilogramas de cocaína" provenientes da América Latina e destinados à Europa.
A operação "Vikings" decorreu ao fim de dois anos de uma "complexa investigação" liderada atualmente pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora, com a coadjuvação do Departamento de Investigação Criminal de Portimão da PJ e a colaboração de autoridades de outros países.
Segundo a PGRE, a embarcação foi intercetada em 14 de junho e a cocaína apreendida, com "um elevado grau de pureza", está avaliada em cerca de 60 milhões de euros.
A investigação incide sobre "um grupo criminoso que se dedica ao transporte de grandes quantidades de cocaína desde a América do Sul/América Caribenha por via marítima para introdução na Europa, com entrada através de Portugal".
A interceção do veleiro foi coordenada com a detenção pelas autoridades espanholas do alegado líder da organização, numa operação da Polícia Nacional de Espanha.
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